Para salvar Palmeiras da queda, Assunção coloca carreira em risco e joga há 60 dias com infiltração
Marcos Assunção não se conforma com a situação do Palmeiras, praticamente rebaixado no Campeonato Brasileiro. Mas, como ainda há alguma chance do clube escapar do vexame, o experiente volante se recusa a perder qualquer partida do time nesta reta final. Ele só deixa de entrar em campo se realmente não consegue andar. O UOL Esporte apurou que Assunção atua há dois meses com infiltrações no joelho direito, o que pode colocar em risco seu futuro profissional e até mesmo a saúde de seu joelho fora do esporte.
BAND: O DRAMA DO PALMEIRAS
No último domingo, em Presidente Prudente, por exemplo, o camisa 20 quase não entrou em campo contra o Fluminense. O técnico Gilson Kleina até atrasou a divulgação da escalação do Palmeiras para que o jogador fizesse o último teste possível. Mas, para isso, foi necessário que Assunção tomasse uma dose de infiltração muito maior do que o comum.
O único jeito de curar definitivamente a lesão seria o volante parar de jogar até que o joelho estivesse completamente sarado. O problema é que o desespero palmeirense faz com que Assunção queira estar em campo de qualquer jeito.
Apesar de todo o esforço do atleta e de seus companheiros, não foi possível o triunfo - o Flu venceu por 3 a 2, com Assunção sendo substituído - e um respiro na luta contra o rebaixamento. Não à toa, Assunção saiu desolado dos vestiários do Prudentão e evitou a imprensa.
Nesta segunda-feira, quem conversou com Marcos Assunção relatou que o clima era de velório. Pessoas próximas ao atleta relataram ao UOL Esporte que o dia foi como se o atleta tivesse perdido seu próprio pai. No cotidiano, ele tem uma rotina especial de trabalho e nem consegue mais treinar faltas como gostaria.
No vestiário e dentro de campo, Assunção tenta sempre adotar um discurso positivo. Ao lado de Maurício Ramos, o camisa 20 é o grande líder do elenco e tem papel fundamental na tentativa de Gilson Kleina de melhorar o ambiente na Academia de Futebol.
Outro detalhe é que o batedor de faltas poderia estar atuando com seu contrato renovado e com salário maior desde o dia 01 de agosto de 2012. Ele, no entanto, preferiu paralisar as conversas entre seu empresário e os dirigentes palmeirenses por considerar que sua situação física não permitia qualquer tipo de conversa. Seu contrato termina no dia 31 de dezembro.
Assunção diz ter se identificado com o clube de uma forma diferente do que teve em toda a sua carreira. Não à toa, por exemplo, ele afirma publicamente que já virou palmeirense e gostou de ver que seu filho também já "convertido".
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