Coadjuvantes Guerreiro, Everton e Martinuccio 'ofuscam' estrelas do Cruzeiro na reta final
Se o esperado é que Montillo, Borges e Fábio, entre outros jogadores “badalados” no Cruzeiro, fossem o destaque da equipe no Brasileiro, ao final do Campeonato a situação não se confirmou. ”Coadjuvantes” como Leandro Guerreiro, Everton e Martinuccio ganharam moral na equipe e passaram a ser os destaques da equipe no término competição, ganhando “status” de insubstituíveis.
Martinuccio é outro jogador que cresceu na reta final do Brasileirão e ocupou o espaço dos mais famosos
A situação dos volantes Everton e Leandro Guerreiro é a mais curiosa. Isso porque os dois chegaram ao melhor momento sendo improvisados. O primeiro na lateral esquerda, o segundo e mais recentemente na defesa. Desde que começaram a atuar nessas posições, tornaram-se preferidos de Celso Roth e já cogitam adotar a nova função na próxima temporada.
“Estou muito bem na lateral, acho que agora tenho que deixar um pouco de lado a minha posição original e pensar na lateral, porque estou me dando bem lá”, afirmou o volante Everton, único poupado pelo técnico Celso Roth do jogo contra o Coritiba para não ficar fora do clássico.
“O Celso está apostando em mim. Já me explicou o porquê que me colocou aqui. Estou dividido em mudar de posição, 50%. Mas quero principalmente honrar a camiseta do Cruzeiro. O técnico que chegar, estou sempre à disposição, independente da posição”, disse Leandro Guerreiro, que passou a ser improvisado no jogo contra o Bahia, há três rodadas.
Everton e Leandro Guerreiro chegaram a ser criticados por causa das atuações no meio e encontraram o melhor desempenho atuando improvisados. A opção pelos atletas foi motivada pela insatisfação de Celso Roth com jogadores que são das duas posições, casos de Diego Renan (lateral esquerda); Rafael Donato e Mateus (zaga), além da contusão de zagueiros como Léo e Victorino.
Outra “surpresa” foi o argentino Martinuccio. O jogador ficou por dois meses se recuperando de lesão óssea na perna esquerda, na Toca da Raposa, e o bom desempenho com a camisa celeste era uma incógnita. Porém, o jogador entrou na equipe e ganhou a posição de titular.
Na reta final do Brasileiro, o jogador passou a ter atuações mais destacadas que o camisa 10 celeste, o compatriota Montillo. Emprestado ao Cruzeiro pelo Fluminense, até a metade do próximo ano, o atacante afirma que gostaria de ficar por mais tempo em Belo Horizonte.
“A gente vai ficar aqui até julho e tenho contrato. Mas eu não sei o que vai acontecer. Gostaria de jogar aqui por mais tempo. Se o Cruzeiro disser que quer comprar os meus direitos, vamos conversar”, disse o jogador sobre uma possível permanência.
A expectativa da torcida era que Montillo, Fábio e Borges pudessem ser os principais nomes. Os dois primeiros não conseguiram repetir o desempenho das temporadas passadas. Já o atacante sofreu com dores no tornozelo direito e terminou o ano sem conseguir uma sequência na equipe.
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