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Prefeitura estuda reabrir Engenhão em 2013 com obra "rápida e eficiente"

Prefeitura do Rio tem como objetivo fazer obras rápidas e reabrir o Engenhão em 2013 - Julio Cesar Guimarães/UOL
Prefeitura do Rio tem como objetivo fazer obras rápidas e reabrir o Engenhão em 2013 Imagem: Julio Cesar Guimarães/UOL

Bernardo Gentile

Do UOL, no Rio de Janeiro

01/06/2013 06h07

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, tomará uma decisão definitiva sobre o Engenhão até o dia 13 de junho. Interditado desde o dia 26 de março por causa de problemas na cobertura, o estádio é motivo de briga nos bastidores entre autoridades. Segundo apuração do UOL Esporte, o político estuda a possibilidade de reabrir o estádio ainda em 2013 através de uma obra “rápida e eficiente”. Existe outra opção - tratada como improvável -, de uma intervenção mais demorada e que manteria a arena fechada até 2014. Tal caminho esbarra na obrigatoriedade da realização de reformas mais caras, o que está longe de ser o plano de Paes.

Presidente da comissão instaurada para acompanhar o caso Engenhão, o vereador Rafael Aloísio de Freitas explica que a Prefeitura tem como objetivo manter a segurança do público, mas que quer resolver o problema o quanto antes. Segundo ele, as autoridades não têm interesse em manter o estádio interditado e priorizam deixar a arena pronta para ser usada pelos clubes cariocas o mais rápido possível.

“O Engenhão é um estádio lindo e muito útil para os times do Rio de Janeiro. Existem algumas possibilidades a serem tomadas, mas a decisão sairá após esse pedido de 15 dias. A Prefeitura está inclinada a realizar uma obra tecnicamente eficiente, rápida e barata. Dessa forma, se for escolhida essa opção, não descarto a reabertura do estádio ainda em 2013”, disse o presidente da comissão ao UOL Esporte.

Por outro lado, Freitas ressalta que ainda não foi descartada a possibilidade de uma reforma mais demorada no Engenhão. Como não é a preferência da Prefeitura do Rio, a opção só seria realizada em último caso. Além do tempo a ser consumido, a questão financeira seria decisiva.

“Não é do interesse de ninguém fazer uma obra longa. Além dos torcedores ficarem sem o estádio, seria gasto um dinheiro muito maior, o que não agrada. Agora, se for a única medida para deixar o Engenhão seguro para o público, terá que ser o caminho”, afirmou.

A Prefeitura do Rio de Janeiro utilizou um laudo da empresa alemã SBP para interditar o Engenhão no dia 26 de março por causa de problemas em sua cobertura. Segundo o documento, o teto da arena poderia cair em caso de ventos acima de 63 km/h. No dia 6 de maio, a Abece (Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural) divulgou estudo dizendo que não havia motivo para o estádio estar fechado.

Além disso, o Rio de Janeiro foi assolado por uma forte ventania no início de maio, que chegou a ter rajadas de 93km/h. O Engenhão não sofreu nenhum tipo de dano e gerou revolta na torcida do Botafogo, que passou a criar campanhas nas redes sociais em protesto contra o prefeito Eduardo Paes.

Há duas semanas, a Prefeitura contratou a NSG Engenharia para fazer um novo laudo, que deveria ter sido divulgado na última quinta-feira. O prazo foi prorrogado para o dia 13 de junho, quando Eduardo Paes informará a decisão final sobre o estádio.

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