Empresa privada diz que advertiu Atlético-PR que número de homens era baixo

Empresa particular contratada pelo Atlético-PR para realizar a segurança do jogo de domingo contra o Vasco, a Mazari Segurança se isentou de qualquer culpa sobre a briga de torcidas que ocorreu na arena Joinville e disse ter advertido o time paranaense de que o número de homens pedido foi baixo.

De acordo com Arílson Alves, chefe da empresa com sede em Joinville, foram contratados a pedido do Atlético-PR, mandante do jogo, 60 homens para fazer revista, divisão de torcidas e se situar em outros pontos estratégicos na arena. O clube de Curitiba trouxe ainda outros 30 seguranças particulares.

Na arquibancada para a divisão de torcidas, havia 20 homens segundo a Mazari. A empresa diz que em jogos do Joinville os efetivos contratados são maiores e chegam a 90 homens da empresa. “Botamos o que eles pediram e fizemos a revista. Eles trouxeram mais 30 homens deles. Eles falaram que queriam menos (do que 60 homens). Botei mais por minha conta e ainda achei pouco. Mas nós botamos o que eles pedem, eles são os clientes”, disse Arilson ao UOL Esporte. “Nós damos nossa orientação, porque temos experiência. Mas eles não escutam a gente. Já cheguei a trabalhar com 90 (em jogos do Joinville), eles não economizam em segurança. É pouco, mas eles que mandam.”

O chefe da empresa disse ainda que o fato de não existir policiais e só seguranças por ali fazia com que os torcedores não ficassem intimidados. “A torcida já não respeita nem polícia, vai respeitar segurança privado? Mesmo com 100 eles iriam pra cima, eles sabem que não é polícia.”

O Atlético-PR foi procurado pelo UOL Esporte, mas disse que nenhum dirigente do clube vai se manifestar sobre o assunto e que a única palavra foi por meio de uma nota oficial lançada na manhã desta segunda-feira.

Arilson disse queestava entre os 20 homens que faziam a segurança da divisão das torcidas no momento da briga e revelou que o motivo da confusão foi que três camisas do clube paranaense foram tomadas por vascaínos antes de começar a partida.

“Lá fora torcedores do Vasco pegaram três camisas, e os caras do Atlético falaram que iam buscar a camisa de qualquer jeito. Eles falavam que iam avançar lá com polícia ou sem.”

Confira nota do Atlético-PR:

O Clube Atlético Paranaense lamenta os acontecimentos bárbaros ocorridos em seu jogo contra o Clube de Regatas Vasco da Gama. A Diretoria Administrativa e do Conselho Deliberativo do Clube tomarão todas as providências para identificar os envolvidos e puni-los, caso tenham ligações com a Instituição, ou denunciar às autoridades competentes qualquer um que tenha tido participação nos lamentáveis incidentes”, destaca o comunicado.