'Acordo de cavalheiros' colocará na conta do Palmeiras danos ao Itaquerão
Não há nada em lei alguma ou em qualquer regulamento da CBF que obrigue um clube visitante a arcar com custos de danos causados por sua torcida no estádio de um adversário. É um "acordo de cavalheiros", no entanto, que rege a prática. O assunto voltou à tona nesta semana após torcedores do Palmeiras postarem em redes sociais a intenção de "quebrar" a casa do rival durante o dérbi paulista, que será disputado neste domingo (27) pela primeira vez no Itaquerão.
"Este é um acordo que sempre existiu, é uma questão de bom relacionamento entre os clubes", explica o gerente de Operações do Corinthians, Lúcio Blanco. Segundo Lúcio, é raro que aconteçam episódios do tipo, mas não há dúvidas sobre a atitude esperada por parte do Palmeiras caso o pior aconteça e o Corinthians volte a ter o estádio depredado.
Durante a Copa do Mundo, no jogo entre Argentina e Holanda, torcedores danificaram 282 cadeiras. Foi o maior prejuízo da administração do estádio em um único jogo durante o Mundial, já que houve assentos quebrados em outras partidas, mas em quantidade menor.
"Se a minha torcida danifica o estádio de alguém, nós pagamos. Se eles danificam o nosso, eles pagam", diz Blanco.
Agora, contra o Palmeiras, o Corinthians reforça que o grande prejudicado seria o próprio time adversário, contando com a predisposição do alviverde em cumprir o acordo verbal que perdura há anos no futebol brasileiro.
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