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Chuveirinho e cabeçada voltam a ser arma forte no São Paulo de Muricy

Do UOL, em São Paulo

03/11/2014 06h00

Uma característica que marcou a passagem vitoriosa de Muricy Ramalho no São Paulo tricampeão brasileiro (2006-2008) voltou a mostrar sua força nos últimos dias. Levantamentos na área e gols de cabeça têm sido a arma mais forte do ataque tricolor para balançar as redes de seus adversários. Isso ficou claro na vitória sobre o Criciúma, no domingo, quando os dois gols foram marcados dessa forma, por Edson Silva e Alan Kardec.

Mas não apenas lá. Nas últimas três partidas, o São Paulo marcou nove gols, cinco deles de cabeça. Edson Silva, Alan Kardec (duas vezes cada) e Antonio Carlos são os homens que aproveitaram sua boa estatura para chegar às redes e, algumas vezes, tirar a equipe do aperto.

Contra o Criciúma, o time estava empatando a partida em uma tarde pouco inspirada do cérebro criativo Paulo Henrique Ganso,e conseguiu chegar ao gol da vitória com um levantamento que Kardec soube completar bem.

Muricy tem aproveitado esse tipo de jogo porque dispõe, por um lado, de jogadores que batem bem na bola, como Michel Bastos e Hudson, e, por outro, atletas altos e com bom posicionamento para completá-los. Essa combinação faz dos chuverinhos uma jogada que leva bastante perigo às defesas adversárias.

Em sua passagem anterior, o técnico também tinha jogadores com essas características, e o trocedor deve lembrar de como os levantamentos na área eram usados como uma espécie de desafogo para momentos de pouca inspiração. Em 2014, ressalve-se, o São Paulo não é inteiramente dependente desse tipo de jogada como já foi no passado.

A boa fase de Michel Bastos, que costuma acelerar o jogo pelo meio, e a cadência de Paulo Henrique Ganso permitem ao time jogar também com a bola e os pés no chão.

Mesmo assim, o São Paulo  tem mostrado nos últimos jogos que há repertório suficientemente variado para balançar as redes. Quando não dá certo pelo meio, através da troca de passes rápidos que caracteriza a equipe neste Brasileiro, os jogadores não têm vergonha de apelar ao chuveirinho. Eles sabem que por ali o caminho pode ser mais curto.