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Corinthians USA ganha independência e aposta em ídolo santista para decolar

Robert é treinador no Corinthians USA, localizado na Califórnia, nos Estados Unidos - Arquivo pessoal
Robert é treinador no Corinthians USA, localizado na Califórnia, nos Estados Unidos Imagem: Arquivo pessoal

Dassler Marques

Do UOL, em São Paulo

02/08/2015 06h00

Fundado em 2010 como franquia corintiana na Califórnia, o Sport Club Corinthians USA vive um novo momento desde que parte de suas ações foram vendidas, uma nova diretoria assumiu o comando e, acredite, o vínculo com o Corinthians Paulista se encerrou. Nessa fase independente, o uniforme deixou de ser da Nike e a bandeira do distintivo deixou de ser a paulista e passou a ser a americana.

Foi justamente aí que chegou Robert, ídolo dos Santos nas duas décadas passadas e com uma rápida passagem pelo Parque São Jorge, em 2003.

Ele trocou o calor santista pelo de Fontana, onde vive como treinador do Corinthians USA Sub-23. Nesse momento, Robert participa da busca por jogadores jovens e latinos para a equipe principal corintiana na Califórnia. O projeto é dar novos passos: se integrar a uma liga profissional (UPSL) e também jogar a US Open Cup, equivalente à Copa do Brasil.

Veja mais a respeito em cinco tópicos de entrevista concedida por Robert ao UOL Esporte.

TREINADOR
É meu primeiro trabalho. Em 2013, comecei a fazer cursos, porque fui agente Fifa por dois anos, mas resolvi não ser mais. Fiz curso de treinador pela Federação Paulista na USP. Fiz estágio com o Oswaldo de Oliveira no Santos. Iria fazer um estágio com o Tite, mas houve a confusão da Copa Libertadores (eliminado pelo Guaraní). O convite para vir para cá foi uma surpresa. Mas, com o mercado de trabalhos crescendo pra caramba nos Estados Unidos, eu tinha que me envolver. Quero trabalhar bastante tempo aqui.

BRASIL x ESTADOS UNIDOS
Essa entrada na liga é um início. É um mercado muito bom, estamos a 40 minutos de Los Angeles e há vários times aqui perto. Agora mesmo tem o Giovani dos Santos no Galaxy. O futebol aqui cresce muito, tem dinheiro, estrutura e organização. Não descarto voltar ao Brasil, mas minha intenção é me aperfeiçoar aqui como treinador, fazer sucesso aqui.

AMBIÇÃO DO CORINTHIANS USA
São objetivos grandes. É de entrar na liga, de fazer bons campeonatos. Jogar a MLS é difícil, porque ou você é convidado ou tem que pagar muito. E para entrar ou pagar, várias coisas são levadas em consideração. Nosso objetivo é entrar sempre para disputar, ganhar títulos e fortalecer a marca. Poderemos jogar a US Open, que é uma Copa do Brasil. Enfrentar o LA Galaxy, o Orlando City em um torneio que dá US$ 10 milhões a campeão e uma projeção muito grande. Sobre o tamanho da torcida, só vamos ter noção quando tudo começar.

VIDA NOS ESTADOS UNIDOS
É um país maravilhoso. Com um ótimo custo de vida, um mercado de trabalho grande e a minha ideia era morar aqui um dia. Para estudar inglês, para ser treinador aqui. Tinha tudo para participar do Fort Lauderdale Strikers (clube de Ronaldo). Trabalharia com testes para jogadores, na base, mas não aconteceu o convite.

A PASSAGEM PELO CORINTHIANS EM 2003
Foi uma passagem rápida. Meu contrato estava terminando no Japão (Consadole Sapporo) e o Geninho (treinador), o Citadini e o Andrés (dirigentes) me contrataram. Cheguei, estava começando bem, o time estava se montando. Me lembro de um jogo que jogamos contra o Atlético-MG no Mineirão, jogamos pra caramba (vitória por 3 a 2). No dia seguinte, foram vendidos Liedson, Kleber, Jorge Wagner e Fábio Luciano. Todos eram fundamentais. Subiram Bobô, Abuda, Betão e Jô. Não seguraram o rojão. O Rogério se lesionou, o André Luiz, o Jamelli também, então foi complicado. Fomos goleados contra o Juventude (1x6), mas dei o passe para o Jô fazer o primeiro gol da carreira dele.