Árbitros descartam greve, mas planejam protesto para rodada do Brasileirão
*Atualizada às 13h34
A Associação Nacional dos Árbitros de Futebol (Anaf) descartou, nesta sexta-feira, realizar greve neste fim de semana do Brasileirão. Os juízes planejam fazer protesto simbólico na rodada do Brasileirão deste fim de semana.
A entidade havia manifestado intenção de boicotar os jogos da rodada do torneio nacional em virtude do veto da presidente Dilma Rousseff a um dos itens da Medida Provisória 671, sancionada na quarta-feira (transformada em Lei 13.155).
O item vetado se referia ao repasse ao sindicato dos árbitros de 0,5% referente a Direito de Arena, recurso oriundo dos direitos de transmissão.
Em reunião feita com árbitros nesta sexta-feira, no Rio de Janeiro, a Anaf entendeu que seria prematuro tomar tal decisão.
Presente na reunião no Rio, o árbitro Fifa Sandro Meira Ricci reforçou que o assunto necessita de melhor discussão.
“Em toda demanda da categoria temos que esgotar os recursos. Não há nenhum esgotado até agora. O veto da Dilma não é terminativo. Os árbitros não ficaram felizes, porque queriam reconhecimento, mas é muito cedo para falar em greve. É uma atitude drástica. Vamos ao Congresso Nacional para eliminar o veto e resgatar o texto inicial”, disse Ricci.
Os sindicatos de atletas, por exemplo, recebem 5% do Direito de Arena, cujo valor é repassado aos atletas. Os árbitros não recebem a Arena.
A Associação dos Árbitros calcula que deixará de receber de R$ 7 milhões a R$ 9 milhões com o veto do 0,5% da Arena.
Um árbitro de Série A recebe de R$ 2.800 a R$ 3.800 por partida (árbitros Fifa ganham mais em relação aos demais profissionais utilizados pela CBF).
“Não há possibilidade de acontecer [greve] neste fim de semana, mas a Anaf vai se reunir na semana que vem para discutir o assunto mais uma vez. É uma perda muito grande [de até R$ 9 milhões]”, desatacou o presidente da Anaf, Marco Antonio Martins.
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