Palmeiras "despencou" no Brasileiro após perder motor do meio campo

Quando Gabriel deixou o gramado lesionado aos 34 minutos do primeiro tempo diante do Atlético-PR, tanto os torcedores do Palmeiras como o técnico do Palmeiras sabiam que, caso a lesão fosse grave, o alviverde teria problemas. Mais de um mês depois, os números mostram que o buraco deixado é maior do que o que se imaginava.

Quando deixou o gramado do Allianz Parque no dia 2 de agosto, o volante liderava a equipe em desarmes (era o terceiro do Brasileirão, com 57) e passes certos – tinha um aproveitamento de 95% ao passar a bola. Era o jogador de linha com mais minutos em campo na temporada.

Desde então, Gabriel passou por cirurgia no joelho. O Palmeiras, por sua vez, teve duas vitórias, um empate e seis derrotas (contando diante do Atlético-PR, jogo no qual o meio campista saiu machucado na primeira etapa, com o placar empatado) no Brasileirão; um aproveitamento de apenas 26% dos pontos disputados.

Até ali, com Gabriel, em 15 jogos o aproveitamento era de 62% – mantido, faria com que o time comandado por Marcelo Oliveira estivesse hoje na terceira colocação.

O setor que mais piorou depois da lesão do volante foi a defesa: com ele, foram 11 gols sofridos em 15 jogos: a média de 0,73 gol por jogo fazia da zaga alviverde a terceira melhor do país. Desde então, foram 17 em nove partidas – a média de gols sofridos mais do que dobrou para 1,88.

Difícil de substituir

A missão de substituir um jogador fundamental na defesa e na transição para o meio de campo até agora, mais de um mês depois da lesão, é difícil. Quando Gabriel se machucou, os substitutos naturais no elenco eram Andrei Girotto e Amaral: juntos, acumulavam 572 minutos na temporada – menos de sete partidas inteiras.

Desde então, ambos tiveram oportunidades, mas não se firmaram como substitutos. A diretoria alviverde reconheceu o problema e contratou Thiago Santos, outro que concorre pela posição.

Outros problemas

Nas próximas partidas, o Palmeiras também não poderá contar com Dudu, principal peça de seu ataque. O atacante cumprirá quatro jogos de suspensão pela agressão ao árbitro Guilherme Ceretta de Lima na final do Paulistão, em maio.

O alviverde volta a campo pelo Brasileirão no próximo sábado, quando recebe o Figueirense no Allianz Parque. 

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