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Baixa de Fagner gera pelo menos cinco problemas importantes para Tite

Fagner conversa com Tite: lateral direito é baixa no Corinthians - Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians
Fagner conversa com Tite: lateral direito é baixa no Corinthians Imagem: Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians

Dassler Marques

Do UOL, em São Paulo

30/09/2015 06h00

Fagner está de fora do Corinthians, provavelmente, pelos próximos quatro jogos. O problema que se abre para Tite pode ser maior do que parece. 

Entre os principais laterais do Campeonato Brasileiro, ele tem virtudes que se contribuem diretamente para a força do líder e favorito ao título da competição. Reserva direto da posição, Edílson tem inspirado pouca confiança e, além disso, possui características diferentes às do titular. 

São pelo menos cinco situações que Tite precisará administrar nos jogos contra Ponte Preta, Goiás, Atlético-PR e Flamengo, correspondentes à ausência estimada para Fagner por lesão muscular

TRANSIÇÕES RÁPIDAS

É a principal qualidade que se perde com a lesão de Fagner. Do lado direito, a saída da defesa para o ataque com Elias e ele funciona de forma muito mais rápida que do lado oposto, com Renato Augusto e Uendel. Provável titular ao longo de todo mês de outubro, Edílson é um jogador mais lento no processo defesa-ataque e também no inverso, para retomar a posição defensiva na perda da bola.    

EVOLUÇÃO NA MARCAÇÃO

Formado no próprio Corinthians há quase uma década, Fagner sempre se caracterizou como um lateral de força ofensiva. Em sua segunda temporada desde que voltou ao clube, ele evoluiu de forma gradual no que diz respeito à segurança defensiva, um processo ao qual também tem sido submetido o canhoto Uendel. Nesse momento, na visão da comissão técnica, ele é o lateral que vai melhor na marcação.

VAI ATÉ A LINHA DE FUNDO

Fagner tem um estilo mais agressivo e, da maneira que agrada os treinadores, costuma construir jogadas até a linha de fundo. Dessa posição, as possibilidades de finalização quase sempre são maiores, já que os atacantes estão posicionados de frente para o gol adversário. A característica de Edílson é diferente e seus cruzamentos, normalmente, vêm da risca da grande área. 

MENOR ENTROSAMENTO 

Esse é provavelmente o ponto menos importante, mas a sincronia de movimentos entre os quatro defensores, oriundos do elenco já de 2014, é algo destacado como ponto forte pela comissão técnica do Corinthians. Edílson hesitou defensivamente em três gols recentes sofridos: diante do Santos, pela Copa do Brasil, e contra Grêmio e Internacional, pelo Brasileirão.

MÁ FORMA DO SUBSTITUTO

Homem de confiança de Tite no banco de reservas, Edílson costuma ser elogiado pelo treinador, sobretudo na conduta de vestiário, mas não vive bom momento há alguns meses. O bom primeiro semestre dele foi reconhecido, com a renovação de contrato até dezembro de 2017, mas não se manteve. Em entrevista à Espn Brasil, o gerente de futebol Edu Gaspar admitiu que a comissão trabalha para recuperar a confiança do jogador. 

E O QUE GANHA?

O chute forte é, sem dúvida, a maior virtude de Edílson, embora tenha rendido apenas um  gol para o Corinthians em 2015 - na primeira rodada do Brasileirão, contra o Cruzeiro, em desvio feito por Romero.