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Duas goleadas em um mês. Defesa do Atlético tem pior desempenho desde 2011

Atlético-MG sofreu 13 gols nas últimas sete partidas, enquanto o Corinthians levou seis no mesmo período - Adriano Vizoni/Folhapress
Atlético-MG sofreu 13 gols nas últimas sete partidas, enquanto o Corinthians levou seis no mesmo período Imagem: Adriano Vizoni/Folhapress

Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

20/10/2015 06h00

No dia 16 de setembro Victor atingiu uma marca histórica com a camisa do Atlético-MG. Porém, na noite que o goleiro completava 200 jogos pelo clube, o time perdeu feio para o Santos. Levou 4 a 0, na Vila Belmiro, pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro. Era a primeira vez que Victor sofria quatro gols na meta atleticana.

Contratado em junho de 2012, o goleiro ainda não sabia o que era ser goleado com a camisa do Atlético. Um mês depois, pela 31ª rodada, outra goleada. Dessa vez para o Sport, na Ilha do Retiro, por 4 a 1. Placares elásticos para quem luta pelo título e que ligaram o alerta na Cidade do Galo.

Além da disputa pelo topo, o time principal do Atlético estava há mais de três anos sem ser goleado. Entre janeiro de 2012 e setembro de 2015 apenas a equipe reserva sofreu uma goleada, quando perdeu por 4 a 1 para o Cruzeiro, três dias depois de vencer a Libertadores da América, em 2013.

“Foi um dia atípico. O Sport entrou mais ligado, mais concentrado, e conseguiu nos pressionar. Tivemos expulsão no primeiro tempo e isso acabou determinando o rumo da partida”, justificou Victor, que antes das goleadas, tinha mais jogos do que gols sofridos. Agora mudou, são 209 gols sofridos em 205 partidas.

O fraco desempenho defensivo tem custado caro ao Atlético. A distância para o líder Corinthians já é de oito pontos, pois desde 2011 que o time não sofria tantos gols. Naquele Brasileirão foram 60 gols. O número atual está bem abaixo, são 35 gols sofridos em 31 jogos, média superior a um gol por partida, o que não aconteceu nas últimas três edições. Em 2012 foram 37 gols sofridos, já nos campeonatos de 2013 e 2014 foram 38 gols em cada.

Cada goleada tem suas explicações. Contra o Santos, uma delas, foi a formação com apenas um volante. Diante do Sport vários fatores foram apontados, como escalação equivocada e até mesmo e expulsão de Carlos, antes dos 20 minutos de jogo. Mas o certo é que os resultados incomodaram bastante dentro do Atlético, que há muito não era goleado.

“A expulsão prejudicou muito a gente, mas não vamos jogar a culpa em ninguém. Todos somos culpados e estamos tranquilos. Vamos dar a voltar por cima”, garantiu o volante Leandro Donizete.