Responsável por queda de Aguirre no Inter também acerta com o Atlético-MG

Um nome pouco conhecido no futebol brasileiro foi apontado como o principal motivo para a queda de Diego Aguirre no Internacional. De acordo com a diretoria do clube gaúcho o trabalho preparador físico Fernando Pignatares foi determinante na decisão de trocar de treinador. Apesar das críticas do antigo clube, Pignatares vai integrar a comissão técnica do Atlético-MG. Enrique Carrera e Juan José Verzeri são os outros auxiliares que trabalharam com Diego Aguirre no Inter também vão trabalhar na Cidade do Galo.

Na época da queda, em agosto, na véspera do Gre-Nal do primeiro turno do Campeonato Brasileiro, o presidente colorado, Vitório Piffero, disse que a troca no comando técnico da equipe se tratava da criação de um fato novo. O que seria um incentivo para o maior clássico gaúcho virou um desastre e o Inter acabou goleada por 5 a 0.

Três meses depois Piferro admitiu o verdadeiro motivo para dispensar o uruguaio. “O trabalho do Diego Aguirre foi muito bom. Eu mudei ele pela preparação física”, revelou o mandatário colorado, que completou. “O desempenho estava lá. A preparação é que não estava adequada ao ritmo e quantidade de jogos dos times brasileiros”.

Entre as principais queixas da diretoria do Internacional estava o número de lesões dos jogadores durante a passagem de Aguirre pelo Beira-Rio. Em quase oito meses de trabalho foram 33 lesões, sendo que 24 dos 30 atletas inscritos na Copa Libertadores tiveram algum tipo de contusão.

Questionado sobre a postura da direção colorada e parte da imprensa gaúcha, Aguirre argumentou que as críticas só vieram após a eliminação na semifinal da Copa Libertadores.

“Às vezes tenho que aceitar as críticas. Mas quando Inter foi semifinalista, todo mundo falava que era o melhor time do Brasil, não tinha críticas. Quando ganhamos do Grêmio nas finais, todo mundo falava bem da nossa metodologia de trabalho. Acho que foi uma desculpa, uma coisa injusta encontrar uma crítica neste aspecto. Tenho convicção do trabalho da minha comissão técnica. Um preparador físico de alto nível”, explicou Aguirre.

Embora o treinador já esteja na Cidade do Galo, nada de trabalhar com o time. Aguirre vai no Mineirão acompanhar o duelo com a Chapecoense, pela última rodada do Brasileiro, mas como torcedor. Trabalho em campo somente a partir de janeiro de 2016.

“Domingo não estarei no comando. Eles têm uma final no domingo e não temos nada para fazer aqui até domingo, só para conhecer a gente, ter informação, ganhar tempo para a pré-temporada em janeiro. Estarei torcendo no estádio, mas não terei contato com os jogadores”.