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5 razões mostram por que o tão pedido Marlone joga tão pouco no Corinthians

REUTERS/Paulo Whitaker
Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker

Dassler Marques

Do UOL, em São Paulo

17/05/2016 12h00

Acionado em sete partidas oficiais da temporada, Marlone é o jogador de frente menos utilizado pelo Corinthians na temporada. O período em campo (257 minutos) é inferior a três jogos inteiros, mas foi suficiente para fazer, principalmente por parte de torcedores, pedidos para que Tite dê reais oportunidades para ele, há um mês recuperado de lesão importante no tornozelo esquerdo.

Na última partida diante do Grêmio, pela primeira vez na temporada, o Corinthians deixou Itaquera sem fazer sequer um gol. Ao todo, a equipe de Tite teve 16 finalizações e apenas uma no alvo, o que indicou a necessidade de mais efetividade. Marlone, com dois gols marcados sobre o Cobresal-CHI, é justamente o jogador com melhor média. Mas, por enquanto, deve continuar como opção no banco. Alguns motivos explicam essa tendência em 2016.

Na cabeça de Tite, é atacante e não meia

Tite tem por princípio de jogo escalar um meia aberto de um lado e um atacante aberto do outro. Na concepção dele, por mais que o jogador tenha sido formado como meio-campista, briga por uma vaga de atacante. Marlone, dessa maneira, tem somente Lucca e Romero como seus concorrentes, de fato. Enquanto alguns atletas disputam lugar em duas ou três funções, como é o caso de Alan Mineiro, ele tem menos possibilidades.

Lucca foi a bola da vez no início do ano

Marlone chegou ao Corinthians pouco antes de Malcom sair. Com a equipe em franca reformulação, Tite optou por escalar quem já estava habituado ao sistema de jogo e 'bancou' Lucca aberto pelo lado esquerdo. Dentro da ideia de dar pequenas sequências a alguns jogadores, o treinador resistiu aos apelos e manteve o 'coringa' do Brasileirão 2015 e inicialmente foi premiado. Lucca foi destaque na fase de grupos da Copa Libertadores.

Contusão

Um mês e meio sem jogar atrapalhou a disputa por espaço. Marlone voltou à equipe no dia 10 de abril depois de sofrer uma lesão no tornozelo esquerdo diante da Ferroviária. Quando regressou, já estava no fim da fila em disputa por oportunidades, atrás até mesmo do outrora pouco cotado Alan Mineiro.

Tempo de casa

Tite ainda entende que não conhece 100% de Marlone. No último sábado, por exemplo, ele foi testado pela comissão técnica em treinamento em que atuou pela faixa central. Pelo Sport, em 2015, ele chegou a atuar como segundo volante em ocasiões específicas, por iniciativa do treinador Falcão, e agradou. A situação já foi cogitada no Corinthians, mas ainda não acabou colocada em prática.

Agora Romero tem sua chance

Ángel Romero fez alguns gols e teve boas atuações enquanto Lucca era titular. Como o antigo dono da posição não terminou o Paulista e a Libertadores em alta, a opção do treinador foi dar minutos ao atacante paraguaio. Marlone, que também era um concorrente, continuou como opção, e sequer foi ao banco de reservas na eliminação recente contra o Nacional-URU.