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Quatro motivos para o Cruzeiro sofrer seu maior revés em 2016

Arrascaeta, meia-atacante do Cruzeiro - Anderson Stevens/Light Press/Cruzeiro - Anderson Stevens/Light Press/Cruzeiro
Imagem: Anderson Stevens/Light Press/Cruzeiro

Enrico Bruno e Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

26/05/2016 11h00

O Cruzeiro não foi presa tão fácil para o Santa Cruz na noite dessa quarta-feira (25), no estádio do Arruda, no Recife. Todavia, sofreu a sua maior derrota na temporada – 4 a 1. Na saída do gramado, o técnico Paulo Bento e os membros do elenco encontraram dificuldades para explicar o revés com placar elástico, em duelo válido pela terceira rodada do Brasileirão.

O UOL Esporte faz uma lista para mostrar o que motivou o maior tropeço do time mineiro em 2016. Confira, abaixo, quatro razões para a equipe sofrer um revés tão significativo diante dos comandados de Milton Mendes:

1) Falhas individuais

Bruno Rodrigo, zagueiro do Cruzeiro - Washington Alves/Light Press/Cruzeiro - Washington Alves/Light Press/Cruzeiro
Imagem: Washington Alves/Light Press/Cruzeiro

Os dois primeiros gols do Santa Cruz aconteceram devido a uma sucessão de falhas dos jogadores de defesa do Cruzeiro. No lance que acarretou na penalidade convertida por Grafite, o centroavante passou facilmente por Bruno Viana e Bruno Rodrigo. O goleiro Fábio ainda se afobou ao deixar a meta e cometer infração no dono da camisa 23. Na jogada que culminou no segundo tento, Bruno Rodrigo novamente falhou no bote sobre o artilheiro do Campeonato Brasileiro e o deixou livre para marcar.

O meia-atacante Artur ficou sozinho após o cruzamento de Keno no terceiro gol do Santa Cruz. O camisa 7 passou entre Bruno Viana e Sánchez Miño, invadiu a pequena área e cabeceou facilmente para o fundo da rede de Fábio.

2) Erros de finalizações

Sánchez Miño, lateral esquerdo do Cruzeiro - Anderson Stevens/Light Press/Cruzeiro - Anderson Stevens/Light Press/Cruzeiro
Imagem: Anderson Stevens/Light Press/Cruzeiro

O placar pode dar a ideia de que o jogo foi tranquilo para o Santa Cruz, mas quem assistiu à partida disputada no estádio do Arruda sabe que esta não é a realidade. O Cruzeiro criou boas chances para balançar a rede de Tiago Cardoso, mas foi ineficiente nas finalizações. Os números mostram que até houve certo domínio dos comandados de Paulo Bento. Os atletas do time mineiro deram 20 chutes, seis foram na direção da meta adversária e apenas um entrou (a falta cobrada por Giorgian De Arrascaeta), enquanto os jogadores de Milton Mendes arriscaram oito vezes, quatro na direção da rede de Fábio. Todos foram convertidos.

3) Dupla de ataque que funciona

Grafite, atacante do Santa Cruz - Clelio Tomaz/AGIF - Clelio Tomaz/AGIF
Imagem: Clelio Tomaz/AGIF

A derrota para o Santa Cruz não ocorreu somente devido aos equívocos do time comandado por Paulo Bento. É claro que também houve mérito do mandante. A dupla formada por Keno e Grafite funcionou muito bem e foi a principal responsável pela vitória dos atletas de Milton Cruz. O centroavante sofreu pênalti e marcou, novamente, dois gols sobre o adversário. Keno, por sua vez, deu assistência para o gol de Artur e ainda balançou a rede nos minutos finais. Os atacantes do time pernambucano têm ótimo aproveitamento no Campeonato Brasileiro. Eles fizeram oito dos 10 gols do clube na competição nacional.

4) Psicológico

O Cruzeiro demonstrou em seus dois jogos como visitante que o fator emocional não é uma virtude da equipe. As expulsões de Lucas e Romero na derrota para o Coritiba deram mostras disso. Nessa quarta-feira, outro ponto evidenciou esta situação. A equipe chegou a igualar o marcador no segundo tempo, em cobrança de falta do uruguaio De Arrascaeta. Quando parecia que o time do português Paulo Bento poderia alcançar um triunfo, o Santa Cruz marcou e o equilíbrio dos mineiros foi por água abaixo. A equipe ficou ainda mais vulnerável defensivamente e deu brechas para o mandante construir a goleada.