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Coordenador técnico do Atlético-MG sai em defesa da comissão de Aguirre

Para Carlinhos, alto número de lesões é decorrente do calendário apertado de jogos - Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro
Para Carlinhos, alto número de lesões é decorrente do calendário apertado de jogos Imagem: Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro

Enrico Bruno e Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

31/05/2016 16h10

Durante a passagem de Aguirre pelo Internacional, o método de treinamento da comissão técnica foi bastante questionado pelos torcedores colorados, que viram muitos dos seus jogadores lesionados ou sofrendo com o desgaste físico dentro de campo. No Atlético-MG, não foi diferente. A desconfiança com o trabalho do treinador só aumentou com a quantidade de atletas no estaleiro. Mas nada disso tem a ver com a competência do ex-comandante alvinegro. Pelo menos para o coordenador técnico do clube, Carlinhos Neves, que culpa o calendário mal distribuído como um dos principais responsáveis pelo alto número de atletas contundidos.

"Historicamente, o mês de maio é muito difícil, uma densidade de jogos muito grande, nove partidas em um mês. A questão toda é que desde as oitavas da Libertadores, que coincidiu com as finais do Mineiro, tivemos jogos muito intensos e repetimos a equipe, o que a gente ainda não estava fazendo. A equipe sentiu esse momento, o tempo de recuperação é bem menor. Assumimos que passou da média (o número de lesões), nunca tivemos tantos lesionados ao mesmo tempo, mas não se significa que não tenha tido cuidado nenhum", comentou.

Nos primeiros 30 dias da temporada de jogos, o Atlético entrou em campo por nove vezes, mas fez constantes rodízios nas partidas disputadas no estadual. Porém, no período citado por Carlinhos (metade de abril até metade de maio), o clube entrou em campo por outros nove compromissos. Porém, todos os encontros foram partidas decisivas, seja pelas semis e finais do Mineiro, ou pelas oitavas e quartas de final da Libertadores. Para o coordenador, o momento da saída de Aguirre foi apenas uma coincidência com um período difícil e que forçou demais o desgaste dos atletas.

"Não conheço histórico do Aguirre no Internacional, mas o trabalho aqui foi muito bem desenvolvido. Apenas coincidiu a saída do Aguirre em maio, no mês mais difícil. Se voltarem no tempo, verão como foi difícil jogar contra América, Racing, São Paulo, da forma que jogamos. Outras equipes também estão perdendo jogadores, o Grêmio teve três perdas no primeiro tempo do jogo (contra o Atlético, na semana passada). Temos os melhores profissionais possíveis, não há nenhum principiante, ninguém está fazendo pesquisa ou alguma loucura no clube. O trabalho é muito equilibrado, mas essas coisas acontecem. Ainda vamos ter duas a três semanas muito difíceis, sem contar com alguns jogadores, além daqueles que servem as seleções. Mas tem muito chão pela frente, o Atlético estará equilibrado em todas as questões", acrescentou.

Para a partida contra o Fluminense, nesta quarta-feira, Robinho foi a única boa novidade para o técnico Marcelo Oliveira. Para o final de semana, a expectativa é de que o treinador possa contar com o meia Carlos Eduardo. Por outro lado, o departamento médico ainda recupera jogadores importantes como Leonardo Silva, Dátolo, Clayton, Pratto e Luan, que deverá ficar de molho por mais tempo. Se somados os selecionáveis da Copa América, os desfalques aumentam com os três titulares Erazo, Douglas Santos e Cazares.