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Flu leva 80% dos gols no Brasileiro da mesma forma e irrita Levir

Bernardo Gentile

Do UOL, no Rio de Janeiro

02/06/2016 06h00

O Fluminense conquistou oito pontos nas cinco primeiras rodadas e ocupa a 6ª colocação no Campeonato Brasileiro. Entretanto, há um consenso nas Laranjeiras que o Tricolor apresentou um futebol que o credencia a ter uma pontuação ainda maior. E a equipe já identificou o porquê de não ter conquistado as vitórias. Dos cinco gols sofridos, quatro foram originados de um cruzamento, seja pelo alto ou por baixo, o que representa 80% do total.

O primeiro gol sofrido dessa maneira foi diante do Santa Cruz, em Volta Redonda. O lateral esquerdo Tiago Costa cruzou para Grafite abrir o placar. O atacante fez o segundo de pênalti (polêmico), no único gol fora da lista. Na derrota por 2 a 0 para o Palmeiras, os dois gols saíram após cruzamentos: Victor Hugo e Alecsandro.

O problema voltou a ocorrer na última quarta-feira, no empate por 1 a 1 com o Atlético-MG, no Independência. Para piorar a situação, o técnico Levir Culpi, que treinou o adversário em 2015, alertou para a qualidade de Thiago na jogada aérea. E foi exatamente assim que o zagueiro abriu o placar, aos 2min de jogo.

O Fluminense reagiu e por pouco não conseguiu a vitória em Belo Horizonte. O gostinho amargo do empate irritou jogadores e o técnico Levir Culpi. Gum, por exemplo, deixou o estádio sem dar entrevistas e estava visivelmente irritado.

“Porque deixamos dois pontos para trás. Quando vem jogar com o Galo no Horto, a sensação é de que o empate é ótimo. Mas pelo jogo que fizemos, a sensação é de deixar dois pontos para trás. Temos que evoluir. Levir vai pegar no pé, vai cobrar. O Gum ficou irritado porque sente muito isso. O treinador definiu marcação individual no Thiago, mas não deu. Fomos superior ao Atlético-MG e dá muita confiança”, disse Fred após o jogo.

Fred entregou que Levir Culpi determinou um jogador do Fluminense para fazer marcação individual em Thiago. No lance do gol, é Henrique quem está marcando o defensor do Atlético-MG, que cabeceia para estufar as redes de Victor.

“Me preocupa e vai me preocupar até o final da minha carreira. A bola parada nunca vai deixar de ser perigosa. Por questão da física: dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço. É 50%, uma das jogadas mais difíceis do jogo”, comentou Levir.