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Jogo ofensivo e posse de bola: a identidade do Cruzeiro de Paulo Bento

Paulo Bento, técnico do Cruzeiro - Washington Alves/Light Press/Cruzeiro
Paulo Bento, técnico do Cruzeiro Imagem: Washington Alves/Light Press/Cruzeiro

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

05/06/2016 11h00

É muito cedo para fazer uma análise completa da caminhada de Paulo Bento à frente do Cruzeiro. Mas é possível ter uma ideia do que o técnico pretende durante a sua passagem pela Toca da Raposa II.

Nos quatro primeiros jogos sob o seu comando, o time alcançou dois empates (Figueirense e América-MG), um revés (Santa Cruz) e uma vitória (Botafogo). Independente dos resultados obtidos, já é possível detectar alguns pontos do seu método de trabalho.

Nessa sexta-feira (3), antevéspera do jogo contra o São Paulo, pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro, o comandante português destacou a necessidade de encontrar uma “identidade” para a equipe.

“Pretendemos, em primeiro lugar, que o time ganhe sua identidade, sua cara própria. Para isso, precisamos fazer em conjunto. No fundo, já repeti aqui algumas vezes, nunca será um processo rápido, demos um passo no último jogo que era conseguir a primeira vitória, uma vitória justa. Queremos prolongar por mais tempo a boa qualidade de jogo”, afirmou.

Auxiliado por dados estatísticos, o UOL Esporte explica o que o torcedor cruzeirense que comparecer ao Mineirão, neste domingo (5), às 18h30 (de Brasília), pode esperar do time comandado por Paulo Bento.

Jogo ofensivo
O Cruzeiro tem uma proposta bastante ofensiva. A ideia é atacar para evitar que o adversário incomode o seu sistema defensivo. Um bom parâmetro é o número de finalizações. A equipe é a segunda que mais conclui a gol, atrás somente do arquirrival Atlético-MG. São 83 finalizações – 57 erradas e 26 corretas – em cinco partidas disputadas. A média é de 16,6 conclusões por compromisso.

A maneira ofensiva de atuar foi vista até na goleada sofrida para o Santa Cruz. Em todos os compromissos sob a batuta de Paulo Bento, os mineiros finalizaram mais que os seus respectivos adversários. O único problema é o aproveitamento. Considerado apenas o período em que o lusitano está à frente do clube, os jogadores deram 77 chutes e marcaram cinco gols. Portanto, são necessárias 15,4 tentativas para colocar uma bola na rede.

Posse de bola
Outro aspecto importante na forma de jogar do Cruzeiro é a retenção da posse de bola. Desde a chegada de Paulo Bento, a equipe trabalha bastante a bola, sempre por mais tempo que o seu adversário. O único oponente que conseguiu igualar as ações foi o Botafogo, no compromisso da quarta-feira passada (1).

A equipe mineira troca, em média, 450,8 passes por partida. A precisão é muito boa. O Cruzeiro erra somente 9,1% das tentativas. A média de equívocos é considerada baixa e representa muito bem o que os comandados de Paulo Bento procuram durante as partidas.

Ficha técnica
Cruzeiro x São Paulo

Motivo: 6ª rodada do Campeonato Brasileiro
Local: Mineirão, em Belo Horizonte (MG)
Data: 5 de junho de 2016 (domingo)
Hora: 18h30 (horário de Brasília)
Árbitro: Andre Luiz de Freitas Castro (GO)
Assistentes: Nadine Schramm Camara Bastos (SC/Fifa) e Cristhian Passos Sorence (GO)

Cruzeiro
Fábio; Lucas, Bruno Viana, Bruno Rodrigo e Bryan; Lucas Romero, Henrique e Robinho; Giorgian De Arrascaeta, Élber e Duvier Riascos.
Técnico: Paulo Bento.

São Paulo
Denis; Bruno, Maicon, Lugano e Matheus Reis; João Schmidt, Thiago Mendes e Ytalo; Kelvin, Centurión e Alan Kardec.
Técnico: Edgardo Bauza.