Luan escondeu dor dos médicos para salvar o Grêmio. E ainda suportou vaias
Luan foi decisivo para o Grêmio. A frase que está se tornando comum pode ser repetida tranquilamente após o duelo contra a Ponte Preta, no domingo. Com um chute de fora da área, deu mais três pontos ao Tricolor. E isso só aconteceu por conta de um 'migué' nos médicos e por não se abater com vaias motivadas por fair play.
As vaias vieram aos 33 minutos, Renê Júnior seria substituído por Matheus Jesus e caiu no gramado. O goleiro da Ponte, prontamente, chutou a bola para linha lateral. Renê foi retirado pelos médicos, substituído e já ausente do campo levantou como se nada tivesse acontecido. Luan recebeu a cobrança de lateral de Marcelo Hermes, que avançou esperando que a jogada seguisse. O atacante, porém, cumpriu o fair play e devolveu a bola para a Ponte Preta. Foi vaiado pelos torcedores, irritados pelo empate em 0 a 0 que estava no placar.
Mal sabiam eles que no último minuto de jogo vibrariam muito com gol de Luan. De fora da área, uma pancada com a perna esquerda que acabou no ângulo rival. Mas por pouco que os médicos do clube não impediram isso.
Durante a semana, queriam preservar Luan por conta das fortes dores. O pé direito atrapalhava, a antiga inflamação na sola do pé que desde o ano passado incomoda o jogador. E também uma pancada sofrida na partida contra o Coritiba se refletia no corpo do jogador. Mas um 'migué' nos doutores garantiu escalação.
"Eu estava com muita dor. Os caras não queriam me deixar jogar. Queriam poupar. A minha vontade era jogar e ajudar meus companheiros. Tem que vencer isso", disse na zona mista da Arena. "Fiz tratamento todos os dias, até antes da partida. Eles perguntavam e eu escondia meio a dor para poder jogar e não me tirarem. Fico feliz de ajudar", completou.
Luan chegou aos nove gols na temporada e é artilheiro do Tricolor. Está fora, porém, do próximo jogo, diante do Fluminense. Com o terceiro cartão amarelo recebido, ele precisará cumprir suspensão e dará lugar, provavelmente, a Bobô.
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