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Clássico vira Dia D para referência do Cruzeiro que só marcou um gol no ano

Média de um gol a cada 3,5 jogos não é mais a mesma. Willian só marcou uma vez em 2016 - Fred Magno/Light Press/Cruzeiro
Média de um gol a cada 3,5 jogos não é mais a mesma. Willian só marcou uma vez em 2016 Imagem: Fred Magno/Light Press/Cruzeiro

Enrico Bruno

Do UOL, em Belo Horizonte

08/06/2016 06h00

Referência do Cruzeiro no time de Mano Menezes, o atacante Willian ganhou a camisa 9 nesta temporada, mas ainda não conseguiu recuperar o faro de gol que teve no ano passado. No último domingo, foi dele a única chance clara diante de Denis, desperdiçada cara a cara com o arqueiro do São Paulo. Na etapa final, deixou o campo sob vaias da torcida, insatisfeita por causa do desempenho que até agora só rendeu um gol nos 14 compromissos do ano. Ciente da má fase, o jogador busca dar a volta por cima e, para isso, nada melhor que encarar um clássico e sair vencedor para virar a chave.

“Tenho uma história muito bonita aqui, e o carinho que o torcedor tem por mim, ele não vai se apagar dessa forma. Tem muito torcedor chateado com o meu momento, mas fico tranquilo, porque estou me dedicando, trabalhando, tenho certeza que é uma fase e vamos dar a volta por cima, sair dessa situação. Temos que unir. Todos sabem da nossa força no Mineirão quando o torcedor está junto, a gente fica muito mais forte. Tenho certeza que, a partir desse clássico, as coisas vão mudar”, comentou.

Em 2015, Willian foi o vice-artilheiro da equipe sob os comandos de Marcelo Oliveira, Vanderlei Luxemburgo e Mano Menezes. Com 13 gols em 46 partidas oficiais, o atacante alcançou uma média de um gol a cada 3,5 jogos. Este ano, como já informado, o desempenho piorou drasticamente e o jogador só marcou por uma vez em 14 compromissos.

A queda de rendimento de Willian passa também pelo início muito ruim do Cruzeiro no Brasileirão. Nas seis primeiras rodadas, o time terminou quatro na zona do rebaixamento e sofre com a instabilidade defensiva e ofensiva. Na partida contra o São Paulo, o torcedor mineiro lidou com a falta de capacidade do time em criar jogadas e finalizar ao gol. Se não vencer o Atlético no Horto, uma combinação de resultados poderá levar a equipe até a lanterna da competição, mas o histórico recente de confrontos mostra que a Raposa pode sim superar o Galo dentro do Independência, assim como aconteceu na primeira fase do Mineiro, que terminou com a vitória celeste por 1 a 0.

“É um clássico, iguala tudo. Muita vontade, dedicação, respeito ao rival, mas dentro de campo vamos ter que nos entregar, todo mundo muito mobilizado. Temos totais condições de vencer e ter um rumo diferente na competição, fortalecer o grupo. Isso vai dar mais moral ainda. É um clássico, precisamos de atenção para não sermos surpreendidos. Vamos atrás de um resultado positivo para sair da zona de rebaixamento”.