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Quatro motivos para o Cruzeiro ser o pior mandante do Brasileirão

Enrico Bruno e Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

16/06/2016 11h00

Atuar dentro de casa se tornou um pesadelo para o Cruzeiro. A equipe tem feito bons jogos em território inimigo, mas no Mineirão a situação se inverte e as vitórias não aparecem. Em quatro jogos no local, todos válidos pelo Campeonato Brasileiro, foram dois empates (Figueirense e América-MG) e dois reveses (São Paulo e Flamengo). Não é à toa que é o pior mandante da competição, com apenas dois pontos conquistados.

Os jogadores têm dificuldades para explicar o que acontece quando a equipe atua dentro de seus domínios. Nem Bruno Rodrigo, um dos nomes com mais bagagem no elenco, foi capaz de diagnosticar os defeitos após a derrota para o Flamengo, nessa quarta-feira (15):

“Sinceramente, eu não sei (o que acontece nos jogos disputados no Mineirão). As equipes vêm aqui para jogar fechadas. Fizeram um gol na bola parada. Mas a gente não conseguiu fazer o gol de empate”, comentou.

Motivado pela declaração do experiente defensor, o UOL Esporte aponta alguns motivos para a série de tropeços do Cruzeiro na condição de mandante. Confira, abaixo, a lista feita por nossa reportagem:

Desfalques em três partidas

Robinho, meio-campista do Cruzeiro - Washington Alves/Light Press/Cruzeiro - Washington Alves/Light Press/Cruzeiro
Robinho se ausentou de duas das quatro partidas do Cruzeiro no Mineirão por lesão
Imagem: Washington Alves/Light Press/Cruzeiro

Nos empates com Figueirense e América-MG e na derrota para o Flamengo, o Cruzeiro possuía muitos desfalques. Em dois dos três confrontos, o técnico foi obrigado a improvisar nas laterais. Diante dos catarinenses, jogaram Federico Gino e Sánchez Miño na linha defensiva. Nessa quarta, o setor foi composto por Bruno Ramires e Allano. As mudanças se deram por lesões e suspensões.

No duelo contra os cariocas, os desfalques ficaram mais latentes. Lucas, Bruno Viana, Bryan e Lucas Romero tiveram que cumprir suspensão diante do time comandado por Zé Ricardo. Robinho e Élber são os atletas, dentre os que estiveram no time titular recentemente, que estão no departamento médico do clube.

Forma de atuar

Um ponto foi fundamental para o Cruzeiro não deixar o Gigante da Pampulha saboreando um triunfo na atual edição do Campeonato Brasileiro. Os comandados de Paulo Bento cometeram muitos equívocos em finalizações. Os atletas são mais cirúrgicos quando os jogos ocorrem fora de seus domínios. Os números mostram bem a diferença de comportamento.

No Mineirão, a equipe marcou três gols em quatro jogos e errou em média 12,5 finalizações por partida. Enquanto na condição de visitante, o time balançou as redes adversárias cinco vezes em quatro rodadas e errou em média 7,5 conclusões por compromisso.