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Avisado pelos pais, lateral do Atlético-MG atinge objetivo traçado em 2013

Douglas Santos, lateral esquerdo do Atlético-MG - Bruno Cantini/Atlético-MG/Divulgação
Douglas Santos, lateral esquerdo do Atlético-MG Imagem: Bruno Cantini/Atlético-MG/Divulgação

Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

29/06/2016 16h15

Em abril de 2013 o técnico Felipão convocou uma seleção “caseira” para um amistoso com a Bolívia. Então no Náutico, Douglas Santos fez parte dos jogadores chamados para o jogo em homenagem ao garoto Kevin Espada, de 14 anos, morto durante um jogo do Corinthians pela Copa Libertadores, em Oruro, na Bolívia.

O novato Douglas Santos, então com 19 anos, sequer participou dos treinos. Mas ali ele traçou uma meta ambiciosa. Fazer parte dos 18 escolhidos para representar o Brasil nos Jogos Olímpicos de 2016. Muita coisa aconteceu desde então, como a transferência para a Udinese, da Itália, e chegada ao Atlético-MG, em agosto de 2014.

E nesta quarta-feira veio a convocação feita por Rogério Micale. Douglas Santos está na lista dos jogadores que vão tentar conquistar a primeira medalha de ouro olímpica para o futebol brasileiro. “Passa muita coisa pela cabeça. Desde 2013 que estou indo para a seleção. Então esse sonho já vinha sendo trilhado há muito bem. Hoje, com essa notícia, vi o que passei até chegar aqui. Espero representar muito bem o nosso país. Vai ser algo inédito para todo mundo e espero ir muito bem”, disse o camisa 6 do Atlético.

Entre a primeira convocação e a presença na lista olímpica, Douglas Santos passou por muitas coisas. Foram duas transferências, diversas convocações, títulos pelo Atlético e até a presença na seleção principal, que disputou a Copa América Centenário, nos Estados Unidos. Sempre presente nas convocações da seleção sub-23, Douglas Santos era considerado nome certo na lista final.

Mesmo assim, nada de assistir a convocação pela televisão. Douglas Santos optou pela fórmula de sempre: esperar o telefonema dos pais. “Fiquei sabendo pelos meus pais. Não costumo assistir as convocações, eu não gosto muito. Gosto de escutar dos meus pais, que sempre me dão apoio e cainho em todos os momentos e que me ajudaram nesse sonho de ser jogador de futebol”, disse Douglas Santos, que mostra muita confiança na conquista da medalha de ouro.

“A seleção que foi formada foi a melhor possível, tem excelentes jogadores. Quando chegar lá vamos focar nisso, pois é um momento único, que nada de ruim entre nas nossas cabeças. É fazer uma boa Olimpíada para conquistar essa medalha de ouro”.