Treinar Inter nos pontos corridos é missão ingrata. Só dois chegaram ao fim
Ser treinador no Campeonato Brasileiro em sua era dos pontos corridos é uma missão quase impossível. Com a demissão de Argel Fucks, o histórico mostra que a paciência do clube termina antes da última rodada. Somente Muricy Ramalho e Abel Braga conseguiram trabalhar durante toda a competição.
Muricy treinou o Inter em todas as rodadas do Brasileirão nos anos de 2003 e 2005. Abel Braga comandou o time em 2006 e 2014. E em três destas temporadas o time terminou perto do topo: foi vice-campeão em duas oportunidades e terceiro na última passagem de Abel.
De resto, quem começou foi substituído. E a lista é longa.
Lori Sandri, Joel Santana, Alexandre Gallo, Tite, Mário Sérgio, Jorge Fossati, Celso Roth, Paulo Roberto Falcão, Dorival Júnior, Fernandão, Clemer, Dunga, Diego Aguirre e por fim Argel.
Em cinco temporadas, o desempenho na Copa Libertadores influenciou diretamente nos planos para o restante do ano. Mas também houve desgaste ao longo do próprio Brasileirão, como nos casos de Gallo, Tite, Falcão, Fernandão e Dunga.
As mudanças mais recentes são bem parecidas. Diego Aguirre e Argel caíram com 60% de aproveitamento. O uruguaio, contudo, saiu de maneira mais traumática: às vésperas do Gre-Nal 407, que terminou com placar de 5 a 0 para o Grêmio.
Argel Fucks despencou, conquistando um ponto em 18, e foi dispensado ainda em Recife. Logo após a quarta derrota consecutiva no campeonato. A diretoria chegou a sondar Abel, que já treinou o clube em cinco oportunidades, mas ouviu um não.
O objetivo do Internacional é acertar com um novo técnico nesta semana. Assim, o 18º treinador do Colorado na era dos pontos corridos poderá estrear contra o Palmeiras, no próximo domingo, no Beira-Rio.
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