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O que credencia volante a substituir Fábio como líder e capitão do Cruzeiro

Contra o Corinthians, Fábio estava suspenso e Henrique ficou com a faixa de capitão - Marcello Zambrana/Light Press/Cruzeiro
Contra o Corinthians, Fábio estava suspenso e Henrique ficou com a faixa de capitão Imagem: Marcello Zambrana/Light Press/Cruzeiro

Enrico Bruno

Do UOL, em Belo Horizonte (MG)

19/08/2016 06h00

Desde que assumiu em definitivo o gol do Cruzeiro, na temporada de 2005, Fábio nunca precisou ficar mais de quatro meses sem jogar por causa de uma lesão. Porém, no início dessa semana o camisa 1 foi diagnosticado com uma ruptura do ligamento cruzado anterior do joelho direito, o que o deixará de molho pelo menos até abril de 2017. Além do capitão, ídolo e principal arqueiro, o Cruzeiro perde também um líder nos bons e maus momentos. Caberá agora ao volante Henrique herdar o posto e assumir a responsabilidade dentro e fora de campo.

O primeiro critério para a escolha de Henrique como novo capitão é a longevidade. Esta é a segunda passagem do jogador pelo clube. Antes de retornar em 2013, o volante já tinha passado pela equipe de 2008 a 2011. Em números, as 334 partidas do veterano só são inferiores aos jogos do próprio goleiro Fábio, que contabiliza mais de 700 compromissos com a camisa celeste.

“Nós já temos esse dever de liderar o time em campo. O Fábio tem muito de tempo como capitão, mas a gente também ajuda, organiza, fala e muitas vezes toma a frente, para falar alguma coisa que a gente pensa. Tem que ter esse dever dentro de campo. A gente conhece tudo, conhece como funciona, a gente que está aqui há mais tempo sabe como é a responsabilidade no Cruzeiro”, comentou o volante de 31 anos.

Apesar do atual elenco também contar com outros jogadores tarimbados, como Rafael Sóbis e Bruno Rodrigo, Henrique é quem mais apresenta um perfil de liderança e referência para os jogadores mais novos. Fora de campo, a personalidade tranquila também será importante para chamar a responsabilidade, segurar a barra e lidar com o momento de instabilidade no Brasileirão.

“A cobrança é ainda maior em cima de nós, jogadores que temos mais tempo de casa. A gente sabe o tamanho da responsabilidade e que ela aumenta, a gente se torna mais visado. Então temos que motivar e cobrar na hora certa, tem que ter ponto de equilíbrio para passar confiança. Eu me sinto preparado tanto fora de campo quanto dentro de campo. A gente tem que absorver essa responsabilidade no momento que estamos passando”, acrescentou.

Neste domingo, às 18h30, o Cruzeiro fará seu primeiro jogo sem Fábio abaixo das traves e já com Lucas França de titular. O duelo será contra o Figueirense, concorrente direto na luta contra o rebaixamento. Na tabela de classificação, o Cruzeiro soma 20 pontos na 18º colocação. Uma vitória poderá tirar o time mineiro do Z-4, ultrapassando o próprio time catarinense, que tem 21 pontos e a uma posição acima.