Dependente de Geromel, Roger sofre para montar zaga no Grêmio
Não é fácil para o Grêmio jogar sem Pedro Geromel. Titular absoluto e destaque desde o ano passado do setor defensivo tricolor, o zagueiro convocado por Tite para a seleção brasileira pela primeira vez teve ausência sentida novamente neste domingo. A derrota para o Botafogo por 2 a 1 só consolida os números que comprovam a dependência que o sistema de retaguarda gremista tem dele.
No primeiro semestre, o Tricolor apresentava resultados e desempenho aceitáveis. Qualquer problema era rapidamente justificado com a falta de ritmo por conta do começo de temporada. Aos poucos a equipe se consolidou e conseguiu classificação em primeiro lugar no Campeonato Gaúcho e com uma rodada de antecedência na Libertadores.
Até que veio a pior notícia possível. O surto de caxumba que atingiu o elenco gremista infectou logo o principal zagueiro da equipe. Geromel contraiu a doença e precisou ficar fora das finais de ambos os torneios. Resultado: Grêmio eliminado pelo Juventude no Estadual - sem ele nos dois jogos - e pelo Rosario Central na Libertadores - ele atuou apenas no jogo de volta.
Passada oscilação, novo ânimo ao time veio com o Brasileiro. Só que sempre que Geromel precisou ficar fora, o quadro foi o mesmo. Em números, o zagueiro disputou 15 dos 22 jogos do Grêmio no campeonato. Com ele em campo foram sete vitórias, cinco empates e três derrotas, que gera aproveitamento de 57,7%. Foram 14 gols contra, refletindo-se na média de 0,9 por partida.
Já sem o defensor, o time comandado por Roger Machado disputou sete compromissos, venceu três, empatou um e perdeu três, com aproveitamento de 47,6%. Sofreu 10 gols, ou seja, média de 1,4 por partida.
Desta forma, quando não tem Pedro Geromel, o Grêmio apresenta uma queda de 10% no aproveitamento de pontos. Além de quase dobrar a média de gols sofridos. Tudo isso justifica a torcida do clube para que ele não entre em campo pela seleção brasileira contra a Colômbia na terça-feira e possa retornar ao time na quarta em totais condições de jogo.
"Vai depender da questão física. Se estiver bem, poderá ficar à disposição", garantiu o diretor executivo de futebol Júnior Chávare.
Tamanha diferença na ausência de Geromel se justifica muito por seu posicionamento. Hábil ao observar o jogo, ele consegue evitar falhas e corrigir os companheiros durante o jogo. Algo que não acontece sem ele em campo.
"O Pedro é um grande jogador, é claro que sentimos a falta dele, mas quem está no elenco do Grêmio e entra no time é porque tem muita qualidade", disse Wallace Reis, companheiro de defesa, na última semana.
O Grêmio volta a campo na quarta-feira para pegar o Coritiba. Além de Geromel, Marcelo Grohe também deve voltar ao time. Miller Bolaños, que defende a seleção do Equador, é baixa certa.
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