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Flu acumula problemas no ataque e faz até 'esquecido' ter chance

Do UOL, no Rio de Janeiro

08/09/2016 06h00

A verdade é que desde a saída de Fred, o Fluminense tem acumulado problemas no ataque. Por mais que Henrique Dourado, contratado para ser o camisa 9, tenha dado mostras de que poderia acabar com os problemas, isso não ocorreu. Mais que isso, ele acabou perdendo o status de titular e ficou os 90 minutos contra o Botafogo no banco de reservas, sendo preterido por Samuel e Magno Alves.

Samuel, inclusive, representa uma baita história de superação. Após ser importante para a conquista do título brasileiro de 2012, o atacante passou a ser emprestado pelo Fluminense para ganhar experiência. Los Angeles Galaxy-EUA, Goiás, Sport e Ferroviária (SP), no início desse ano.

Após o fim do Paulista, voltou ao Fluminense e teve o contrato renovado até o fim de 2019. Para melhorar, passou a ser aproveitado pelo técnico Levir Culpi. Curiosamente jogando mais recuado e fechando segunda linha de quatro, algo que até então não havia ocorrido.

Na última quarta-feira, Samuel não só voltou à posição original, como barrou Henrique Dourado. O atacante não teve grande atuação, mas mostrou muita dedicação. Não foi o suficiente para evitar derrota para o Botafogo. Ao ser substituído, deu lugar a Magno Alves, pedido insistentemente pela torcida.

“Eu pensei que o jogo seria como foi. O gramado dificulta nosso toque de bola, e o Samuel tem ações rápidas. Procurei explorar isso. Dependendo do resultado, poderíamos fazer as alterações. O Wellington quase saiu por causa de problemas nas costas”, explicou Levir.

Sobre as frequentes mudanças feitas no time titular, Levir deixa claro que tudo isso é pensado e feito com convicção. Para o treinador, as trocas são feitas em cima de uma necessidade e cita até o Barcelona como exemplo.

“Não tenho muitas dúvidas, tenho certeza quando faço as coisas. Não sei se estou correto, mas tenho certeza. O Pierre dá mais pegada, e outros mais qualidade técnica. O Edson com amarelo erra um risco. Aí vou mexendo, errando, acertando”, disse Levir.

“Prejudicaria se eu trocasse mais, mas oito ou nove permanecem. O Barcelona todos sabem a escalação, jogam juntos há muito tempo. Mas não temos os melhores jogadores do mundo como eles. Temos que ter calma. Mas com resultados”, finalizou o treinador.

Com o derrota para o Botafogo, o Fluminense se mantém com 34 pontos e perde boa oportunidade de encostar nos quatro primeiros. O Tricolor volta a campo na segunda-feira, quando receberá o Atlético-MG, em Edson Passos.