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Goleiro do Inter fala em insônia e alívio após contraprova de doping

Jacsson teve amostras submetidas a três exames. Dois nos EUA - Divulgação/Site oficial do Internacional
Jacsson teve amostras submetidas a três exames. Dois nos EUA Imagem: Divulgação/Site oficial do Internacional

Do UOL, em Porto Alegre

13/09/2016 18h45

Jacsson passou duas semanas dormindo pouco, precisando suportar a pressão pública e controlar os nervos. Mas a angustia terminou. Depois de ser flagrado em exame antidoping por uso de corticoide, o goleiro do Internacional testou negativo para a substância na contraprova, realizada nos Estados Unidos.

“Passa muita coisa na cabeça. Eu fiquei uns 15 dias longe, não conseguia dormir direito. Pensava nisso 24h, a gente pensa sempre no pior”, disse. “Eu sabia que não tinha feito nada errado, mas não tinha como dizer para todo mundo”, completou.

Terceiro goleiro do Inter, ele foi retirado da concentração horas antes do duelo contra o Fortaleza, pela Copa do Brasil. E teve as contas em redes sociais entupidas de comentários.

“Ainda estou muito chateado. Saíram notícias, pessoas me julgando com comentários no Instagram e Facebook. Pessoas que não me conheciam e me julgaram”, comentou.

Formado nas categorias de base do Inter, Jacsson fez o exame após o jogo contra o Palmeiras, em Porto Alegre. Naquela partida, ele ficou como reserva de Marcelo Lomba. Após ser notificado do resultado, o clube gaúcho afastou o jogador.

Fora dos treinos, Jacsson pegou a estrada e foi para Getúlio Vargas, no interior do Rio Grande do Sul. Lá o cenário foi ainda pior.

“Eu sofri muito na minha cidade, principalmente. É uma cidade pequena, todo mundo conhece todo mundo. E quando falam doping já pensam em drogas, anabolizante. Eu fiquei sem chão, sinceramente”, revelou.

Nesta terça-feira (13), o Internacional divulgou documento da CBF afirmando que a contraprova deu negativa. O clube já reintegrou o goleiro ao elenco principal.