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Roger Machado pede demissão e não é mais técnico do Grêmio

Presidente do Grêmio explica demissão de Roger

UOL Esporte

Do UOL, em Porto Alegre

14/09/2016 23h46Atualizada em 03/11/2016 02h05

Roger Machado pediu demissão. Após a derrota para a Ponte Preta, o treinador entregou o cargo e foi aceito pela direção do clube. Segundo o presidente Romildo Bolzan Júnior, o treinador decidiu isso de forma irreversível. Durante cerca de 40 minutos, nos vestiários do Moisés Lucarelli, o comando do clube tentou demove-lo da ideia, sem sucesso. 

"O técnico Roger Machado pediu demissão e não comanda mais o Grêmio. Foi um pedido dele, de forma irrevogável. Ele conduziu muito bem este processo, nosso projeto, gostaríamos de contar com ele. Mas em uma situação de autoavaliação, ele pediu para sair, tivemos que aceitar. Tentamos convence-lo do contrário, não foi possível", disse o mandatário. 

Roger Machado encerra sua participação no clube com 94 partidas disputadas, 48 vitórias, 22 empates e 24 derrotas. No comando desde maio do ano passado, somou 58,8% de aproveitamento, mas não conquistou títulos. Sua saída confirma uma regra: nenhum técnico começa e termina um ano no comando do Tricolor desde Mano Menezes em 2007. Foram 477 dias de Roger no comando. 

Foi a segunda vez que Roger entregou o cargo. Depois da derrota para o Coritiba, o treinador já afirmou aos dirigentes que era necessário avaliar a condição do trabalho. Na ocasião, o comando optou pela sequência. Desta vez, foi impossível convencer Roger. 

"Ele entende que talvez seja necessário isso até para estancar um processo de queda. Fomos todos contrários, eu e o departamento de futebol. Mas não foi possível. E não negamos a queda, ela é evidente. Só acreditamos que ele pudesse conduzir o processo", explicou. "Agora vamos conversar e encontrar alguém que possa fazer isso", completou. 

O presidente gremista confirmou ainda informação divulgada pelo UOL Esporte na última segunda-feira, que Roger não pediu demissão mas colocou o posto para análise após a goleada sofrida contra o Coxa.

"Em Curitiba ele não pediu demissão. Só avaliou a situação. Hoje ele foi incisivo e contundente, foi forte e irreversível. Renunciou sua posição. E temos que aceitar o entendimento das pessoas. Mesmo relutante, aceitamos a situação", finalizou. 

Departamento de futebol pode mudar todo

Ainda é possível a troca de todo o departamento de futebol. Segundo Romildo Bolzan Júnior, os três responsáveis pela pasta também colocaram seus postos à disposição e poderão ter uma troca imediata. Antonio Dutra Júnior, Alberto Guerra e Alexandre Rolim devem deixar os postos no comando da pasta mais importante do clube imediatamente. Já o executivo Júnior Chávare tende a ser mantido. 

Na última semana, uma crise interna com reclamações entre os membros do departamento também afetou o ambiente gremista. Independente do resultado nesta quarta a troca já era ensaiada.