Palmeiras responde WTorre após confusão de Nobre em camarote

As divergências entre Palmeiras e WTorre seguem cada vez maiores. Agora, o clube de Palestra Itália tratou de responder à construtora, que gerou um ultimato ao reclamar da postura do presidente Paulo Nobre, que incentivou a expulsão de um convidado de um camarote corporativo durante o empate por 1 a 1 com o Flamengo, ocorrido na última quarta-feira.

Depois de o UOL Esporte publicar uma nota com a promessa de a WTorre enviar uma carta de repúdio a Paulo Nobre, a reportagem recebeu uma nota na qual o Palmeiras responde à construtora.

Sem comentar ou julgar o comportamento do presidente, o Palmeiras se apegou ao contrato da arena e à operação em dias de jogos para atacar a posição adotada pela WTorre.

"A WTorre não tem o direito, contratual ou legal, de interferir ou opinar em questões de segurança que envolvem a realização das partidas do Palmeiras", escreve o Palmeiras

"A parte que lhe cabe nos jogos é somente a comercialização dos camarotes do Allianz Parque. A incumbência da organização, nos termos da legislação esportiva, é do clube", acrescenta.

"Setores VIP não podem ser considerados área neutra e, muito menos, de responsabilidade exclusiva da construtora, como ela deu a entender. Essas áreas não possuem lei própria ou estão imunes às obrigações do Estatuto do Torcedor", finaliza o Palmeiras.

No contrato assinado ainda na gestão de Luiz Gonzaga Belluzzo em 2010, o Palmeiras possui a autonomia completa em dias de jogos do clube.

A WTorre, detentora do direito de explorar a arena por um período de 30 anos, é a gestora do Allianz Parque desde fevereiro deste ano. Por contrato, a construtora pode promover eventos e, inclusive, retirar o Palmeiras do estádio em dias de jogos, desde que comunique antecipadamente e reserve a data.

No próximo dia 12, por exemplo, o Palmeiras será obrigado a receber o Cruzeiro, em duelo pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro, longe do Allianz Parque. O tenor italiano Andrea Bocelli se apresentará no local.