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Sem participar de gols do Cruzeiro há 7 jogos, Sóbis é defendido por Mano

Rafael Sóbis não participa de um gol do Cruzeiro há 7 jogos - Marcello Zambrana / Light Press / Cruzeiro
Rafael Sóbis não participa de um gol do Cruzeiro há 7 jogos Imagem: Marcello Zambrana / Light Press / Cruzeiro

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

07/10/2016 16h41

Rafael Sóbis é um dos alicerces ofensivos do Cruzeiro. No entanto, o jogador que custou US$ 5 milhões (R$ 16,6 milhões à época) aos cofres do clube já não tem o mesmo desempenho obtido no início da passagem de Mano Menezes pela Toca da Raposa II. Os números atestam a queda de rendimento nos compromissos recentes.

Em 17 partidas disputadas, o dono da camisa 7 marcou três gols e deu duas assistências. Titular absoluto, o atleta não participa de um lance que termina com a bola na rede há sete jogos. A última ação foi um passe para Ramón Ábila, na vitória por 5 a 2 sobre o Botafogo, em 1º de setembro.

Antes do confronto válido pelas oitavas de final da Copa do Brasil, Rafael Sóbis balançou as redes do Internacional em três oportunidades, no estádio Independência, e deu assistência para o gol do centroavante argentino no empate por 1 a 1 contra o Corinthians, no Pacaembu. Os dois jogos eram do Campeonato Brasileiro.

Mesmo que não apresente bons números recentes pelo Cruzeiro, o atacante conta com o respaldo de Mano Menezes. O gaúcho crê que o atleta tem contribuído mais para a equipe:

“Alguns dias atrás estávamos conversando sobre o Robinho. Ele rende mais por dentro. Em alguns jogos atuou por fora, porque era importante para a equipe. Quando houve a alteração para trazê-lo para dentro de novo, nós o fizemos. E é possível ver a diferença de rendimento. Para o Rafael Sóbis vale a mesma coisa, não se pode ter a vaidade pessoal de colocar individual acima do coletivo. Não adianta ir bem individualmente e o Cruzeiro perder”, afirmou.

“Não resolve problema dele, nem Cruzeiro, nem torcida. É um jogador que já fez essa função no Fluminense, jogava da direita para dentro, com o Fred mais como pivô. Nós não estamos jogando com duas linhas de quatro, estamos jogando um pouco diferente. Se fosse o Sóbis, seria um ponta de lança antigo que chega perto do centroavante, algo que o Arrascaeta faz hoje. Temos que ter consistência de equipe, ter meias, mas também recomposição para marcar. Se não brigar para marcar não adianta”, acrescentou.

O treinador cruzeirense ainda defendeu Rafael Sóbis de supostas críticas por parte da torcida, pedindo paciência ao público que for ao Mineirão para assistir à partida diante da Ponte Preta, neste sábado (8), às 21h (de Brasília), pela 29ª rodada do Brasileirão:

“Não vejo toda essa incompreensão da torcida do Cruzeiro pelo Rafael Sóbis. O torcedor quando olha da atuação gosta mais ou menos, paga ingresso e tem direito. Tivemos outros jogadores que tiveram o mesmo tipo de comportamento. Teve mais gente. Vamos colocar todos. Vamos com calma. O torcedor tem direito de gostar ou não. Às vezes, o jogador pode não estar tão bem, e se o treinador não vê isso é burro de não tirar. É assim, um time não vai a lugar algum sem 11 jogadores. Se o time estiver bem resolvemos todos os problemas”.