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Corinthians perde força em Itaquera e esboça fragilidade em fase crucial

Dassler Marques

Do UOL, em São Paulo

30/10/2016 06h00

Mesmo nos momentos em que não jogava um grande futebol, o Corinthians dava demonstrações de força em seus domínios. Não é o que tem ocorrido nos últimos meses e mais uma vez ficou claro no sábado passado, com empate por 1 a 1 contra a Chapecoense em Itaquera.

Na reta final do Brasileirão, o Corinthians que luta por G-6 é apenas o nono melhor em desempenho como mandante. Os últimos cinco jogos foram decisivos para a construção desse número: empates com Atlético-MG e Chapecoense, derrotas para Palmeiras e Fluminense e só uma vitória, diante do frágil América-MG. Para piorar, o setor Norte, destinado às torcidas organizadas, foi fechado temporariamente por ordem do STJD.

A consequência parece clara na tabela do Campeonato Brasileiro, que novamente tem o Corinthians fora da zona de acesso à Copa Libertadores. Justamente no momento de definição do torneio, a equipe sofre com queda de desempenho. Seja com Cristóvão Borges, com Fábio Carille ou agora com Oswaldo de Oliveira. Na classificação apenas das 10 rodadas mais recentes, os corintianos estão entre os quatro piores do torneio. Se não houver uma reação, o objetivo dificilmente será alcançado.

Se os resultados não têm ajudado, o desempenho também não. Oswaldo de Oliveira admitiu que a partida contra a Chapecoense foi muito abaixo no sentido criativo da equipe. Os visitantes conseguiram mais finalizações que os donos da casa, por exemplo. O número de passes errados (56) foi o segundo maior entre 33 partidas do time no Brasileirão.

"Não foi um bom jogo. Especialmente o primeiro tempo, tecnicamente foi muito fraco, muito aquém do que a gente esperava que acontecesse. Foi uma oscilação bastante significativa, com uma série de situações que levaram a isso", comentou Oswaldo de Oliveira.

A exemplo dessa última semana, Oswaldo terá o período completo de treinamentos para a rodada seguinte, apenas no sábado que vem, contra o São Paulo no Morumbi. Pela frente, além da necessidade de resultados, tentará reverter o panorama ruim do Corinthians em clássicos. Em 2016, de oito jogos contra os rivais, os corintianos ganharam apenas dois, empataram um e perderam cinco.

A esperança do treinador ficará pela volta de Guilherme, que estava suspenso. Principal nome do Corinthians nos últimos jogos, ele reassume a posição de 'falso nove' na equipe. Uma boa notícia em meio ao futebol pobre diante da Chapecoense e a perda da sexta posição para o Atlético-PR.