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William virou o centro do time do Inter. Números explicam

William é um dos destaques do Internacional em nova posição, no meio-campo - Ricardo Duarte/Internacional
William é um dos destaques do Internacional em nova posição, no meio-campo Imagem: Ricardo Duarte/Internacional

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre

04/11/2016 06h00

O Internacional é William e mais 10. O lateral direito, que nos últimos quatro jogos virou meia, se tornou o centro do time armado por Celso Roth. O fenômeno tem ligação com a carência do Colorado, mas também com os números do jogador ao longo da temporada. As características e a origem em uma função mais ofensiva também explicam o novo papel.

A improvisação de William nasceu de uma ideia simples: ganhar velocidade no meio-campo. E de quebra, ter espaço para manter Ceará no time.
 
Ela também não nasceu agora. Já pintou no Inter com Diego Aguirre, Argel Fucks e Celso Roth – logo após os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Só que é desta vez que o improviso se tornou mais fundamental.
 
Com William no meio-campo, virou cena comum durante os jogos do Internacional os companheiros não pensarem duas vezes. Com a posse, procuram o camisa dois direto. Até inversão e infiltração para cabecear viraram funções do jovem.
 
Ele jogou como meia diante de Sport, Grêmio e Santa Cruz no Brasileirão. Além dos jogos com o Atlético-MG, pela Copa do Brasil. E os números ajudam a explicar.
 
De acordo com o Footstats, William é o terceiro jogador que mais finaliza no elenco do Inter. É líder do ranking de cruzamentos dentre os jogadores no estádio Beira-Rio e também o maior garçom do clube na atual edição do Campeonato Brasileiro. Como se não bastasse, é o terceiro melhor no quesito desarme na lista que envolve todos os jogadores do Brasileirão.
 
Segundo o WhoScored, site de análise de estatísticas, William faz parte da seleção do campeonato. Acumula 73,3% de passes certos, mas tem melhor avaliação ainda como lateral. Na função onde surgiu como profissional, ganhou nota 7.41 (em 23 partidas). Como meia (três jogos), acumula 6.69.
 
Sem D’Alessandro, com Alex e Anderson longe de abraçarem o protagonismo e Seijas longe até do time reserva, coube a William o papel de centro do time. E ali ele deve seguir para as últimas cinco rodadas.