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Marcelo usa indignação e passividade para falar da derrota do Atlético-MG

Do UOL, em Belo Horizonte

06/11/2016 22h21

Mesmo diante de um adversário que entrou em campo com a mesma pontuação do Inter, clube que hoje ocupa um dos quatro lugares da zona de rebaixamento, o Atlético-MG não conseguiu jogar bem diante do Coritiba. Mesmo com mais passe de bola, o clube mineiro só conseguiu dar um chute no rumo do gol defendido por Wilson, aos 12 minutos do segundo tempo, quando a partida já estava 1 a 0 para o adversário.

As outras dez finalizações do Atlético foram para fora. Enquanto o Coritiba, mesmo com menos posse de bola, foi muito mais perigoso. Fez dois gols e viu Victor fazer quatro grandes defesas, evitando que o placar no Couto Pereira fosse ainda maior do que os 2 a 0.

Na coletiva depois da partida, o técnico Marcelo Oliveira usou bastante duas palavras para descrever a atuação de sua equipe: indignação e passividade. Para o treinador do Atlético, a derrota como aconteceu é para deixar qualquer indignado. Além disso, o comandante alvinegro viu uma equipe muito passiva em campo, algo que pretende corrigir antes da final da Copa do Brasil, com o Grêmio, nos dias 23 e 30 deste mês.

“Vi com a indignação total, agora no final. Nós tínhamos hoje a oportunidade de passar o Flamengo, de encostar novamente. Não teria facilidade nenhuma, o Coritiba aqui dentro corre muito mesmo e estão numa situação muito ruim, dariam a vida. Só que nós rendemos muito pouco em relação à expectativa e preparação que tivemos para buscar essa vitória”, disse Marcelo, que lamentou bastante a passividade do Atlético no Couto Pereira.

“Ficamos muito com a bola, posse durante todo o jogo, mas muito passivo para agredir, para atacar. Essa foi a tentativa de correção do primeiro para o segundo tempo. E o gol logo no início teve uma influência no jogo. Mas méritos e felicidades do adversário. Depois tentamos colocar o time bem mais ofensivo, mas desorganizou um pouco. Foi realmente um jogo muito ruim do Atlético. Nós temos de nos cobrar mais, porque temos uma decisão. Título fica quase que impossível, mas temos de lutar para ficar próximos do primeiro”.

Para não tirar os méritos do adversário, Marcelo viu um Coritiba marcando forte e tirando os espaços do Atlético. Mas o treinador alvinegro voltou a destacar que uma equipe que entrou em campo ainda sonhando com o título, não poderia perder da maneira como aconteceu.

“Um pouco pela marcação do Coritiba, que foi muito boa. E a outra a passividade. A gente tinha de fazer um jogo mais agressivo, uma movimentação maior. Por mais que a gente tivesse trocado duas ou três peças, mais em função de desgaste, tinha um time bem equilibrado no jogo. Mas não funcionou, poucas finalizações, mais no segundo tempo. Muita passividade para um time que está lutando lá em cima. Posso até pensar em jogos desgastantes recentemente e até por estar numa final, inconscientemente alguém pode se sentir confortável por estar numa final. Mas todo o trabalho foi feito para conseguir a vitória o tempo todo. Até poderíamos perder, mas não com essa passividade. Isso temos que nos indignar e aproveitar o tempo para treinar agora e corrigir algumas situações”, completou Marcelo.

E tempo para arrumar o time não vai faltar. Com o Brasileirão para as rodadas das Eliminatórias da Copa do Mundo, o Atlético só volta a campo no dia 17, quando recebe o Palmeiras. Até lá são dez dias para descansar os jogadores e ajustar o que for preciso, para tentar voltar ao G3 do Brasileiro e chegar forte para a decisão da Copa do Brasil.

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