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O que convenceu Mano a improvisar volante para resolver problema na lateral

Mesmo improvisado na lateral, volante agradou nos dois últimos jogos do Cruzeiro - Washington Alves/Light Press/Cruzeiro
Mesmo improvisado na lateral, volante agradou nos dois últimos jogos do Cruzeiro Imagem: Washington Alves/Light Press/Cruzeiro

Enrico Bruno

Do UOL, em Belo Horizonte

09/11/2016 06h00

Nas últimas duas partidas, o volante Lucas Romero chamou atenção de forma positiva no Cruzeiro. Não satisfeito com o rendimento de Lucas e sem esboçar tanto convencimento com o suplente Ezequiel, o técnico Mano Menezes apostou no argentino para ocupar o lado direito do time. E a aposta deu certo. Contra o Grêmio e Fluminense, Romero não só deu conta do recado, como agradou o professor e ainda saiu do Mineirão aclamado no último domingo. Mas o que explica a opção de Mano em abrir mão de dois laterais de origem para improvisar um volante no setor? O próprio comandante responde. Para ele, a força de combate do jogador foi essencial para testar a experiência.

“Jogamos dois jogos contra duas equipes que têm dois extremos, ou pontas, muito agudos: o Pedro Rocha, do Grêmio, e o Wellington, do Fluminense. São jogadores que, se partirem com a bola dominada, criam uma dificuldade muito grande. Precisávamos de um jogador, nos dois casos, mais agressivo nessa marcação, não deixando tomar a iniciativa. Ele foi muito bem nos dois jogos, tirando os espaços dos dois jogadores. Vamos resolvendo os nossos problemas. Acredito muito nos jogadores que temos. Minha linha de improvisação é quando chega na necessidade de fazê-la. Entendi, em Porto Alegre, que era hora. A equipe deu uma resposta boa, e mantive. Gostei e a equipe ficou mais forte como um todo. Este é o objetivo do técnico”, falou Mano Menezes, após a partida contra o Fluminense.

Pela seleção de base da Argentina, Romero já atuou pelos lados do campo. A experiência, porém, foi rápida e só durou uma partida.

"Só uma vez havia jogado como lateral, na seleção sub-20 da Argentina. É novo para mim, mas estou me sentindo bem. Trato de cumprir a função e fazer o que o professor me pede para o bem da equipe. Cada partida é diferente, mas se ele precisar de mim na lateral, vou jogar", disse o atleta.

Além da facilidade para avançar em campo, nos números, Romero também apresenta superioridade defensiva em relação aos seus novos "concorrentes". Além de desarmar três vezes mais que Lucas, o argentino também comete menos faltas. Já Ezequiel é mais eficiente na hora do combate, mas, em apenas nove jogos, sua média de infrações por partida é quase o dobro do companheiro. Vale lembrar que, ainda no início do ano, Mayke e Fabiano, outros laterais de origem, também foram utilizados no setor, mas não convenceram.

Em alta com a torcida e o treinador, Romero vive agora a expectativa de continuar na equipe titular. Restará saber se volta ao meio ou se permanece nos lados. O próximo compromisso celeste no Brasileirão será no dia 16, contra o Sport, na Ilha do Retiro.

“Vamos continuar pensando em colocar a equipe que estiver produzindo mais. Minha preocupação é recuperar os jogadores. Quero que todos terminem bem. Naturalmente quem tiver alguma queda, vamos buscar para recuperá-los e utilizá-los nos jogos que vêm pela frente. Confiamos em todos”, disse o treinador celeste.

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