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Reforço de R$ 10 mi não agrada tanto em campo, mas fora dele...

Bernardo Gentile

Do UOL, no Rio de Janeiro

11/11/2016 06h00

No início do ano o Fluminense surpreendeu ao anunciar a contratação de Richarlison e que havia investido R$ 10 milhões por 50% dos direitos econômicos do atacante do América-MG. Apesar de ter conquistado a titularidade, o jogador não caiu nas graças da torcida. Mesmo assim a aquisição do atleta não é considerada um erro pela diretoria. E a explicação está fora de campo.

Após chegar ao Fluminense, Richarlison teve grande valorização de mercado. O atacante, por exemplo, é frequentemente chamado para defender a seleção brasileira sub-20. Foi novamente lembrado por Rogério Micale, mas acabou cortado por conta da lesão sofrida no jogo contra o Cruzeiro.

Com as convocações veio a valorização. Segundo o presidente do Fluminense, Peter Siemsen, o valor investido em Richarlison no início do ano seria, no mínimo, facilmente recuperado em caso de negociação. Isso, por si só, já prova que o investimento valeu a pena. Pelo menos é assim que pensa o mandatário.

“O Fluminense não costumava olhar para o futuro e é algo que deveria ser assimilado. É necessário trazer jogadores, que acrescentam e tem crescimento no valor de mercado impressionante. É o caso do Richarlison. Foi convocado pela terceira vez seguida para seleção sub-20, virou titular recentemente e fez 19 anos. Muito jovem, forte e que já temos sondagens de aquisição. Se a próxima gestão achar que é melhor vender, também tem valor de mercado forte”, explicou o presidente ao UOL Esporte.

A temporada de Richarlison foi muito atrapalhada por uma lesão na pré-temporada. Nos Estados Unidos, por exemplo, o atacante foi um dos destaques da equipe, que ainda tinha Fred e Diego Souza, por exemplo. Ao voltar ao Rio de Janeiro ele sofreu uma fratura no tornozelo e ficou meses afastados.

Só voltou a ser aproveitado no Campeonato Brasileiro. Naquele momento foi escalado ao lado de Fred, mas logo passou a ser contestado. Perdeu a vaga de titular e passou a ter poucas chances e não as aproveitar. Somente agora, na reta final da competição, o atacante dá mostras de que pode render mais. O futuro? Passará diretamente pelo próximo presidente.

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