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Prass elege os três melhores e piores momentos nos 2 anos de Allianz Parque

Fernando Prass surge como o principal símbolo do Palmeiras na nova casa - REUTERS
Fernando Prass surge como o principal símbolo do Palmeiras na nova casa Imagem: REUTERS

José Edgar de Matos

Do UOL, em São Paulo (SP)

19/11/2016 06h00

Ninguém se cativou tanto ao Allianz Parque quanto Fernando Prass. Neste sábado, a nova versão da casa palmeirense completa dois anos de existência, com traumas, alegrias e sensações inesquecíveis para torcedores e jogadores. Para falar sobre a data, o UOL Esporte desafiou o goleiro a listar os momentos mais marcantes deste período.

O goleiro tratou de listar três momentos inesquecíveis (pelo lado positivo) e três devidamente esquecíveis; Prass também respondeu a questionamentos sobre o porquê de o Palmeiras se adaptar tão rapidamente à nova arena e esquivou-se ao ser questionado sobre uma troca do piso natural para o sintético.

Primeiramente, saiba quais os momentos tratados com carinho na memória do ídolo palmeirense:

Semifinal da Copa do Brasil contra o Fluminense

O confronto diante de um organizado clube carioca por pouco não acabou em frustração no Allianz Parque. Com vantagem de 2 a 1 – placar que levaria a decisão aos pênaltis -, Fernando Prass parou simplesmente o melhor atacante adversário próximo ao fim do jogo. Fred recebeu livre na área e chutou no contrapé, mas o palmeirense foi buscar. De bônus, o camisa 1 ainda garantiu a defesa de um pênalti.

 

Final da Copa do Brasil contra o Santos

Por motivos óbvios, o título no qual tornou-se um jogador histórico no Palmeiras. Antes mesmo de a bola rolar, a torcida homenageou Prass no mosaico exibido durante a entrada dos times. Em campo, Prass definitivamente se consagrou: pegou o pênalti de Gustavo Henrique e ainda converteu o seu para garantir o tri da Copa do Brasil.

 

Vitória contra o Rosario Central pela Copa Libertadores

As lembranças surgem como alívio. Em um dos jogos nos quais o Palmeiras mais sofreu diante do torcedor, uma doce vitória. O Rosario Central dominou completamente o segundo tempo e exigiu pelo menos quatro defesas espetaculares de Fernando Prass. Obviamente, uma das intervenções foi em uma penalidade máxima, batida por Marco Rubén.

Ananias comemora primeiro gol da história do Allianz Parque no jogo do Sport - ALAN MORICI/FRAME/ESTADÃO CONTEÚDO - ALAN MORICI/FRAME/ESTADÃO CONTEÚDO
Imagem: ALAN MORICI/FRAME/ESTADÃO CONTEÚDO

As más lembranças

Os dois primeiros jogos na arena

Antes de fazer história na Copa do Brasil, Fernando Prass conviveu com a realidade contrária; o Palmeiras, por pouco, não inaugurou o Allianz Parque com a queda para a segunda divisão. Os dois primeiros jogos terminaram em frustração para o goleiro e o torcedor: derrota para o Sport (2 a 0) na inauguração e empate por 1 a 1 com o Atlético-PR. O agora líder da Série A precisou da ajuda do Santos para permanecer na elite; o clube do litoral paulista fez 1 a 0 e rebaixou o Vitória, em pleno Estádio do Barradão.

Vitória contra o River Plate-URU

Sim, Fernando Prass tem razão quando qualifica uma vitória como uma má lembrança. Afinal, o placar de 4 a 0 contra o River Plate-URU em nada adiantou; o Palmeiras, campeão da Copa do Brasil-2015, caiu ainda na fase de grupos da Copa Libertadores da América.

Mudança do campo para o camarote

É difícil para Fernando Prass acompanhar de longe a reta final do Campeonato Brasileiro. Quando perguntado, o goleiro até abriu um sorriso ‘amarelo’ para apontar este momento como um dos mais complicados. A cirurgia no cotovelo direito tirou o veterano de ação durante a maior parte da Série A. Mesmo resignado por não atuar, o camisa 1 sempre faz questão de acompanhar o elenco e prestigiar os jogos em um camarote no estádio.

Prass visita o vestiário do Palmeiras antes da partida contra a Chapecoense - Reprodução/Twitter - Reprodução/Twitter
Imagem: Reprodução/Twitter

Prass e o Allianz Parque

UOL Esporte: Você atuou antes da Era Allianz e depois da inauguração do estádio. Com a arena, o Palmeiras venceu a Copa do Brasil e está próximo do título brasileiro. Para quem esteve nos dois ambientes (fora e na arena), dá para descrever a diferença que faz ter esta casa?
Prass: Não tem comparação porque, muito embora tenha esse problema do gramado do Allianz Parque e o gramado do Pacaembu esteja sempre perfeito, o ambiente que se cria no Allianz é muito diferente. Embora o Palmeiras tenha aceitado o Pacaembu como segunda casa, a gente sente que está em casa no Allianz Parque, até por estar no mesmo lugar do antigo Palestra. No Allianz Parque dá para perceber o sentimento de identificação e carinho. É um estádio que tem uma alma diferente.

UOL Esporte: Muito se fala da arquitetura privilegiada para transformar o estádio em um ambiente de pressão. Jogadores de outros clubes já chegaram a te relatar algo sobre o ambiente intimidador do Allianz Parque?
Prass: Não sei se é questão de intimidar. A gente joga em vários lugares que são complicados de jogar. O Allianz Parque, na maioria dos jogos que jogamos, teve mais de 30 mil pessoas. Mas, mesmo em um jogo com menos gente, o barulho que se faz ali é impressionante. O som parece que não sai, fica ali dentro. E, com mais de 30 mil pessoas gritando, fica um ambiente hostil.

UOL Esporte: Este grupo do Palmeiras sofreu no início do ano com tropeços no Allianz, especialmente no Paulistão e na Libertadores. Os números mudaram, o time possui grande aproveitamento no Campeonato Brasileiro. Tem como explicar esta melhora e apontar os motivos que fizeram o time embalar em casa?
Prass: Não é questão da arena, o time melhorou. Os resultados melhoraram em casa e fora também. É muito mais a questão da reorganização e melhor rendimento do time. Consequentemente, nós teremos bons resultados em casa e fora.

UOL Esporte: Você, como goleiro, seria a favor da troca da grama natural pela sintética? O que muda para um jogador da sua posição a alteração do tipo de grama?
Prass: Muito se fala do campo do Atlético-PR. Eu não pude jogar lá, tenho curiosidade de conhecer. Fica difícil comentar. É óbvio que, com os dois campos em condições iguais, eu nunca trocaria a grama natural. Agora, se não tiver condições de ter um gramado bom, é uma alternativa. Mas não posso opinar porque eu não tive a oportunidade de jogar em um gramado sintético.

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