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Atlético-MG completa um mês sem vitórias e vê objetivos mais distantes

Última vitória do Atlético-MG foi sobre o Internacional, no dia 26 de outubro - Jeferson Guareze/AGIF
Última vitória do Atlético-MG foi sobre o Internacional, no dia 26 de outubro Imagem: Jeferson Guareze/AGIF

Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

26/11/2016 06h00

No dia 26 de outubro o Atlético-MG venceu o Internacional, por 2 a 1, no Beira-Rio. Ali o time mineiro abria boa vantagem no confronto semifinal da Copa do Brasil. Naquele momento, a expectativa de todos era alta. Torcedores, jogadores, comissão técnica e diretoria acreditavam em um grande final de ano. Um empate separava a equipe atleticana da final do torneio e no Campeonato Brasileiro eram sete pontos atrás do líder Palmeiras, mas com confrontos diretos pela frente, o que permitia o atleticano sonhar com o título do Brasileirão.

No entanto, mal sabiam os alvinegros é que o triunfo naquela noite de muita chuva em Porto Alegre, sobre o Internacional, seria o último antes de uma série de importantes partidas, pelas duas competições. Com quatro empates e duas derrotas, a última delas para o Grêmio, na decisão da Copa do Brasil, diante de mais de 50 mil torcedores no Mineirão, praticamente acabou com as chances de o Atlético fechar 2016 com algum título oficial e custou o cargo do técnico Marcelo Oliveira, demitido no dia seguinte ao jogo.

O Brasileirão, tratado como obsessão pelo clube, ficou mais uma vez no quase. Se antes da rodada 33 eram sete pontos de diferença para o Palmeiras, restando duas partidas para o término da competição o Atlético não tem nenhuma chance de título e dificilmente vai terminar entre os três melhores colocados, o que garantiria mais dinheiro de premiação e uma vaga direta na fase de grupos da Copa Libertadores de 2017.

Após vencer o Inter, o desafio era o Flamengo. Conforto que valia a vice-liderança do Brasileirão e moral para brigar pelo título com o Palmeiras. Mas o empate em 2 a 2 praticamente tirou o Atlético da disputa pelo primeiro lugar. O gol de Guerrero, já nos minutos finais, iniciou também um jejum de seis partidas. Fazer a diferença de pontos cair de sete para dois pontos, em três rodadas, incluindo o confronto direto, era o sonho do torcedor atleticano e a esperança dos jogadores. Mas após a derrota para o Coritiba, o Atlético recebeu o Palmeiras que estava com dez pontos a mais, tirando o clima de decisão.

Sem o título do Brasileirão, um lugar no G3 se tornou obrigação, assim como o título da Copa do Brasil, como disse o presidente do clube, Daniel Nepomuceno. Mas sem vencer um jogo desde o final outubro, o Atlético viu uma temporada que prometia ser de muitas alegrias terminar com mais decepções e com a sensação de que o elenco podia e devia apresentar muito mais, mesmo com uma vaga na Libertadores de 2017 já garantida.

Apesar do jejum no momento mais importante da temporada, o Atlético segue com chances. Ainda pode terminar o Brasileirão no G3 e também pode conquistar a Copa do Brasil. São situações difíceis, mas o técnico interino, Diogo Giacomini, vai tentar mudar algo na equipe, para que ainda seja possível garantir uma vaga direta na Copa Libertadores.

“A gente está falando de um trabalho bicampeão brasileiro e da Copa do Brasil. Marcelo foi um meia ofensivo e sua ideia era ofensiva. Ele tentou colocar essa ideia, teve momentos brilhantes, mas não são todas as equipes que esse modelo encaixa. Em quatro dias, é possível fazer ajustes. Mas no futebol se precisa de tempo para implementar o modelo de jogo. Nesse tempo, a equipe estará num espaço interessante para o próximo jogo”, disse o técnico do sub-20 do Atlético, que vai comandar o time principal nos três últimos jogos do ano.

Para terminar o Brasileirão entre os três primeiros colocados, o Atlético precisa vencer seus dois últimos jogos, contra São Paulo e Chapecoense, além de torcer contra o Flamengo, que pode somar apenas um ponto, nos confrontos com Santos e Atlético-PR. Já na Copa do Brasil, após perder o primeiro jogo por 3 a 1, no Mineirão, o Atlético precisa vencer o Grêmio por dois gols de diferença para levar a decisão para os pênaltis. Para ficar com o título após 90 minutos, o time mineiro precisa vencer por três ou mais gols de diferença.

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