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Argentino conta como virou "mineiro" após chegar desconfiado ao Cruzeiro

Dos gringos que chegaram em 2016, Romero é um dos poucos que vingou no Cruzeiro - Lucas Bois/Light Press/Cruzeiro
Dos gringos que chegaram em 2016, Romero é um dos poucos que vingou no Cruzeiro Imagem: Lucas Bois/Light Press/Cruzeiro

Enrico Bruno

Do UOL, em Belo Horizonte

09/12/2016 06h00

Dos quatro gringos que o Cruzeiro trouxe no início da temporada de 2016, nenhum se deu tão bem no time quanto o argentino Lucas Romero. O jogador foi apresentado na mesma época que Pisano, Miño e Federico Gino, mas foi o que mais se sobressaiu sobre os demais e o único a ganhar a confiança da torcida. Mas nem tudo foi fácil para o jovem desde sua chegada. Com apenas 22 anos de idade, Romero só tinha jogado no Vélez Sársfield, e por isso nunca tinha saído de seu país natal. Ainda no início de sua carreira, o argentino teve receio da transferência e de não conseguir se adequar ao futebol e cultura locais. Hoje, ele faz um balanço positivo do seu desempenho particular e adota o bom humor ao dizer que já virou um cidadão belo-horizontino depois de seu primeiro ano na capital mineira.

"Foi (uma temporada) muito boa. Cheguei aqui com algumas dúvidas na minha cabeça, sabendo que no Brasil se pratica um futebol muito difícil. Mas depois fiquei muito tranquilo, acho que consegui me adaptar bem ao Cruzeiro e ao futebol brasileiro, isso foi muito importante para eu estar aqui hoje", comentou o volante, que já domina sem problemas o idioma português e se sente cada vez mais em casa em BH.

"Eu acho que já sou mineiro, né...", brincou.

Mais tarde, no segundo semestre, Riascos e Ábila também desembarcaram na Toca da Raposa, mas só o compatriota de Romero conseguiu repetir o feito do companheiro e causar uma boa impressão dentro de campo. Seja na lateral ou no meio-campo, Romero é hoje um dos atletas mais presentes no time de Mano, sendo o quinto jogador com mais partidas do Cruzeiro neste Brasileirão.

Se poucos dos novos jogadores estrangeiros deram certo, Romero contou com uma ajuda importante dos gringos que já estavam no clube. Atletas como Arrascaeta e Ariel Cabral passaram por processos parecidos e acolheram Romero na Toca da Raposa, ajudando o argentino a transformar a desconfiança inicial em tranquilidade para mostrar do que é capaz.

"Os estrangeiros foram muito importantes aqui. Eles ajudaram a me acostumar mais rápido com a cultura, com a equipe e a ter mais contato com o torcedor que me ajudou muito a ficar feliz, tranquilo e a trabalhar da melhor maneira".

Quase de férias, o jogador só tem mais um objetivo neste ano: ajudar o Cruzeiro e se classificar para a Copa Sul-Americana de 2017. Atualmente na 13ª colocação, o clube só precisa de um empate contra o Corinthians para garantir seu lugar no torneio continental.

"Nós não pensamos no Corinthians, só em nós. Sabemos que precisamos dos três pontos, então é importante pensar só na vitória, que vai ser importante para conseguir a vaga na Copa Sul-Americana", concluiu.

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