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Milton Mendes explica expulsão e substituições em revés: "Tentamos tudo"

Do UOL, em São Paulo

04/06/2017 18h35

A atuação do Vasco da Gama não foi ruim neste domingo (4), mas o técnico Milton Mendes segue tendo muito trabalho pela frente. Em entrevista coletiva após derrota por 2 a 0 para o Grêmio, ele explicou suas escolhas e argumentou quanto à estratégia de jogo cruzmaltina.

“Nós queríamos sair no contra-ataque, mas a bola não entrou. Fizemos exatamente o que tínhamos previsto como estratégia, mas levamos um gol de pênalti”, afirma o treinador, referindo-se à aposta do Vasco nos contra-ataques.

Por um tempo, deu certo, mas o gol sofrido obrigou os visitantes a mudarem de postura e tomarem a iniciativa. “Tentei melhorar a criação, tentei dar velocidade pelas pontas. Tentamos de tudo. Coloquei Thalles, Guilherme e Nenê para termos performance, chute, mas infelizmente não conseguimos. O Grêmio é muito forte em casa mesmo”, diz Milton Mendes.

Pênaltis seguidos enfurece

Em quatro rodadas do Campeonato Brasileiro, foram cinco pênaltis marcados contra o Vasco da Gama. A situação tirou o técnico Milton Mendes do sério. Nos minutos finais, ele reclamou muito de um pênalti não marcado em Nenê e acabou expulso. O meia cavou o lance, e o árbitro não foi na dele.

Questionado pela expulsão, o treinador se explica. “Somos seres humanos, e já é o quinto pênalti em quatro jogos. Então é lógico que a gente sente um pouco, porque trabalhamos e vemos como os jogadores se dedicam. Eu sou educado, tento ser educado com todos. Mas naquele momento, de onde estávamos, pensamos que seria pênalti”, afirma.

A situação, de acordo com Milton Mendes, pesa no psicológico do elenco. “Fizemos um bom jogo, a tendência é crescer, e isso dá tranquilidade para pensar lá na frente. Mas é duro: são cinco pênaltis em quatro jogos”, reclamou o treinador.

Ele não chegou a questionar a marcação dos pênaltis, mas durante a coletiva voltou ao assunto com frequência. “Às vezes, alguns dos pênaltis algumas pessoas não dariam. É interpretação do árbitro, faz parte, mas coloquem-se no nosso lugar... Nós vivemos isso 24 horas”, diz Milton Mendes, mais em tom de lamento que de desafio.