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Rebaixamento, Libertadores... Divididos, Atléticos se enfrentam em Minas

Sem marcar desde fevereiro, Grafite deve ganhar outra chance no duelo dos Atléticos - Jaime Saldarriaga/Reuters
Sem marcar desde fevereiro, Grafite deve ganhar outra chance no duelo dos Atléticos Imagem: Jaime Saldarriaga/Reuters

Napoleão de Almeida

Colaboração para o UOL

14/06/2017 04h00

O jogo é vital para Atléticos Paranaense e Mineiro nesta quarta-feira, 19h30, no Independência em Belo Horizonte. Em baixa na tabela do Brasileirão, os xarás se dividem entre Copa do Brasil e, principalmente, a Libertadores. Tanto que no momento em que estarão em campo, no Paraguai, a Conmebol irá sortear o confronto das oitavas de final – e pode ser que ambos tenham de se enfrentar, como ocorreu em 2000.

O time paranaense ainda tem um interesse a mais: como alugou sua Arena para a Liga Mundial de Vôlei exatamente no período das oitavas, quer negociar com a Conmebol uma mudança de datas. Enquanto isso, o Brasileirão cobra seu preço e o desafio é manter a cabeça apenas no jogo do Independência.

“O único time fora da curva é o Grêmio”, analisou o técnico do Furacão, Eduardo Baptista, “O Palmeiras tem um grande elenco e está sofrendo, o Atlético-MG tem um grande elenco, mas a gente tem que buscar”, prosseguiu. Ele comanda o lanterna da competição, com o desempenho que já aponta a briga contra a queda. Em 2011, o time só venceu na 11ª rodada e acabou rebaixado. Nesta temporada já foram seis jogos e os dois próximos serão fora de casa. Contra o Atlético-MG (primeiro fora da zona de queda), na quarta, e contra o Atlético-GO, no sábado.

“O Atlético ainda tem um agravante por não ter uma pré-temporada de acordo. Com a quantidade de jogos que nós temos, isso reflete nos resultados”, disse Baptista. De fato, o Furacão iniciou o ano já na eliminatória contra o Millonarios, da Colômbia, sem direito a erro. Até por isso usou o time reserva em boa parte do Paranaense, no qual acabou vice-campeão. A cada entrevista coletiva, o ex-técnico e atual manager Paulo Autuori reclamava do calendário, que espreme as equipes em decisões sem o devido preparo.

“O calendário é muito meritório para o grupo. Como o professor falou, nós começamos a disputar as competições sem fazer uma pré-temporada por que a gente teve a pré-Libertadores. Mas não é uma desculpa, a gente está num momento incomodo pela situação da tabela, mas acreditamos e temos confiança de que tem tudo para sair dessa situação”, ponderou Lucho González. O meia de 36 anos é um dos que mais sofrem com o excesso de jogos, tendo inclusive um acordo com a comissão técnica para “jogar até quando o corpo aguentar”.

O jogo entre os Atléticos será o quarto do Furacão contra um time que está ou esteve na Libertadores, o que pode explicar um pouco a situação na tabela. O time perdeu para o Grêmio e o Santos e empatou com o Flamengo. Porém, os três jogos foram em casa. Se serve como alento aos rubro-negros, na Libertadores, o Atlético-PR é o melhor visitante, ao lado do River Plate, ambos com três vitórias.

ATLÉTICO-MG X ATLÉTICO-PR

Data: 14 de junho de 2017, quarta-feira
Horário: 19h30 (de Brasília)
Motivo: 7ª rodada do Campeonato Brasileiro
Local: Estádio Independência, em Belo Horizonte (MG)
Árbitro: Péricles Bassols Cortez (PE)
Assistentes: Clovis Amaral da Silva (PE) e Cleberson do Nascimento Leite (PE)

ATLÉTICO-MG: Victor, Alex Silva, Felipe Santana, Erazo (Leonardo Silva) e Fábio Santos; Rafael Carioca, Elias, Otero e Valdívia; Robinho e Fred (Rafael Moura).
Técnico: Roger Machado.

ATLÉTICO-PR: Santos, Jonathan, Paulo André, Thiago Heleno e Sidcley; Otávio, Matheus Rossetto (Bruno Guimarães) e Lucho González; Nikão, Pablo e  Grafite (Douglas Coutinho).
Técnico: Eduardo Baptista.