Zona do rebaixamento, elenco e Roger questionados. O Atlético está em xeque
Sete rodadas, quatro jogos como mandante, uma vitória e apenas seis pontos conquistados. O péssimo início do Campeonato Brasileiro faz o Atlético-MG figurar dentro da zona de rebaixamento. Colocação muito abaixo da expectativa criada antes de a competição começar. Com um dos elencos mais valorizados do Brasileirão e com grandes nomes, no Atlético era apontado como um dos favoritos ao título.
Favoritismo que o clube nunca negou. Pelo contrário, o discurso na Cidade do Galo sempre foi de ganhar o Brasileirão ou algum outro grande torneio nesta temporada, casos da Copa Libertadores e da Copa do Brasil. Mas a péssima arrancada na principal competição do país coloca o Atlético em xeque.
Campeão mineiro há pouco mais de um mês, o time alvinegro encontra dificuldades em jogos contra equipes da Série A. Em toda a temporada, somadas as demais competições, Estadual e Primeira Liga, o Atlético já atuou 12 vezes contra os clubes da elite do futebol nacional. Foram somente dois triunfos, sobre Cruzeiro e Avaí.
O fraco desempenho diante dos times mais fortes do país faz a torcida desconfiar da força do elenco, tão ressaltada desde o início da temporada. Até mesmo o trabalho do técnico Roger Machado já sofre cobranças. Após o bom momento que o time viveu, entre o final de abril e o começo de maio, o nível de atuação caiu.
“Fomos nós que nos colocamos nesta situação e somos nós que teremos que sair. Sair juntos, dando força. Nosso torcedor agora vai reclamar e vai estar chateado conosco, até que nós consigamos reverter a situação. Nós temos que saber entender. Trabalhar mais, nos unir mais e reverter esse quadro momentâneo de instabilidade”, disse o técnico Roger Machado.
É apenas no Brasileiro que o Atlético está mal. Nos demais torneios, até o momento, o time tem feito o que se espera dele. Terminou a fase de grupos da Copa Libertadores com a melhor campanha e está nas oitavas de final. Na Copa do Brasil o time alvinegro já está nas quartas de final. Além do título estadual, conquistado em maio. Até por isso, o elenco se mostra confiante apesar do desempenho pífio no Brasileirão.
“O momento não é para pânico, não é para criar fantasmas. É todo mundo assumir a responsabilidade e seguir trabalhando”, comentou o goleiro Victor, um dos grandes nomes do elenco atleticano.
Por sinal, jogadores com nome e experientes não faltam no time. Assim como Victor, o Atlético tem outros jogadores que já disputaram Copa do Mundo, casos de Robinho e Fred, além de outros atletas que já defenderam ou defendem suas respectivas seleções. Por ter um elenco com os jogadores já citados, mais Marcos Rocha, Leonardo Silva, Rafael Carioca, Elias, Cazares e Valdívia, se esperava mais do Atlético no Brasileirão. Ou a expectativa criada foi muito acima do que o elenco é capaz de entregar?
“Acredito que temos tudo para chegar longe na Libertadores, pois o elenco é grande. Temos de vencer pelo menos um campeonato grande em 2017”, analisou o volante Rafael Carioca, após a derrota para o Atlético-PR. A reação tem de começar já neste domingo, contra o São Paulo, às 16h, no Morumbi.
“Temos que juntar os cacos, a porrada foi forte. É juntar os cacos, sabemos que muitas pessoas vão nos criticar. Agora é um olhar no olho do outro e sentir confiança”, completou o volante atleticano.
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