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São Paulo revive fantasma de 2013 e adota estratégia diferente para reagir

Arboleda - Marcello Zambrana/AGIF - Marcello Zambrana/AGIF
Zagueiro equatoriano Arboleda fez um gol na estreia pelo São Paulo
Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

Do UOL, em São Paulo

10/07/2017 04h00

O São Paulo volta a viver o fantasma do rebaixamento no Campeonato Brasileiro depois de quatro temporadas. No último domingo, o time paulista acabou derrotado pelo Santos e perdeu duas posições na tabela. Depois de 12 jogos, a equipe ocupa a penúltima posição na tabela.

O cenário em relação aos adversários é parecido com o vivido em 2013. Naquela ocasião, o São Paulo se viu exatamente na mesma posição ao término do 12º confronto na competição - ao perder por 2 a 1 para a Portuguesa, o time caiu uma posição e ficou à frente do Náutico apenas.

Vice-lanterna da edição atual, o São Paulo busca a recuperação contra um inédito descenso no Brasileiro por meio de uma estratégia distinta àquela adotada há quatro anos. O plano são-paulino em 2017, por exemplo, é pautado em contratações às pressas e na urgência na troca do comando técnico.

Rogério Ceni, por exemplo, foi demitido pela diretoria são-paulina depois de 11 jogos à frente do time em jogos do Brasileirão. O maior ídolo do clube, antes, não conseguiu evitar três eliminações em competições de mata-mata (Paulistão, Copa do Brasil e Copa Sul-Americana).

Em 2013, após 12 jogos, dois treinadores já tinham comandado o time no Brasileirão: primeiro, Ney Franco, por quatro rodadas - uma derrota para o Corinthians na primeira final da Recopa, porém, colocou fim à trajetória. O clube, então, apostou as fichas no retorno de Paulo Autuori.

Após derrotas seguidas - foram seis em 12 partidas, além de quatro empates -, o São Paulo recorreu a uma opção segura, marcada por uma identidade que remete aos tempos áureos do tri brasileiro. Com Muricy, o São Paulo reencontrou o caminho das vitórias. 

O cenário atual é distinto. A diretoria são-paulina escolheu Dorival Júnior em meio à crise, cuja história no clube é inédita. O tempo para agir também é diferente: o novo treinador do São Paulo terá 27 rodadas para reerguer a equipe, enquanto Muricy teve apenas 19.

Trocar o pneu com o carro em movimento

O São Paulo de 2017 convive, além disso, com situações diferentes com a formação do elenco. Nas últimas semanas, o clube anunciou cinco contratações: o atacante Denilson, os meias Maicosuel e Jonathan Goméz, o volante Petros e o zagueiro Arboleda.

No mesmo período, o clube vendeu três jogadores importantes: o atacante Luiz Araújo, o zagueiro Maicon e o volante Thiago Mendes. O clube ainda pode perder o meia Cueva e o zagueiro Rodrigo Caio, que interessam clubes europeus.

Com isso, os jogadores recém-contratados foram colocados em campo rapidamente. Neste domingo, Gómez e Arboleda estrearam no time titular depois de uma opção do interino Pintado. Petros, por sua vez, fez apenas o segundo jogo pelo clube.

Nesta segunda-feira, Dorival Júnior será apresentado pelo clube paulista e terá apenas três dias para preparar o time. Na quinta-feira, o São Paulo recebe o Atlético-GO no Morumbi, no jogo dos lanternas do Brasileirão - o adversário soma sete pontos no campeonato.