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Coritiba começa vida sem Kléber contra o Flu - e só venceu uma no ano assim

Kléber comemora: jogador esteve em campo em 14 das 15 vitórias na temporada - Guilherme Hahn/AGIF
Kléber comemora: jogador esteve em campo em 14 das 15 vitórias na temporada Imagem: Guilherme Hahn/AGIF

Napoleão de Almeida

Colaboração para o UOL

15/07/2017 11h00

O impacto da saída de Kléber do Coritiba por suspensão pode ser medido não só pelas declarações no clube, mas também pelos números. Para se ter uma ideia da importância de Kléber, o time só venceu um jogo no ano sem ele em campo. Das 15 vitórias na temporada até aqui, entre Brasileirão, Paranaense e Copa do Brasil, apenas o PSTC, no Estadual, perdeu para o Coxa sem que o Gladiador estivesse em campo.

Agora, serão 12 jogos sem o principal jogador do clube na temporada. Embora ainda acredite numa reversão da pena que lhe foi imposta pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), Kléber vai desfalcar o Coritiba pelo menos até 27 de setembro, quando – por coincidência – o time encara o Bahia. O mesmo Bahia que viu o Gladiador em dia de fúria, com cusparada, cotovelada e soco. E cartão vermelho.

Kléber falou pela primeira vez sobre a suspensão ao final do jogo de quinta-feira (13) contra o Avaí, quando fez o primeiro gol do jogo na vitória por 4 a 1, o 15º dele na temporada. Agora, sem ele, o Coxa vai tentar brigar na parte de cima na tabela, a começar pelo jogo contra o Fluminense neste domingo, 19h no Couto Pereira.

Números sem Kléber são negativos

Com Kléber, o Coxa conquistou 15 vitórias, empatou 7 vezes e perdeu 4 jogos na temporada. O ataque do Coritiba fez 43 gols, com 15 deles marcados pelo Gladiador.

Sem ele, o rendimento despenca. O time só venceu o PSTC pelo Estadual, 2 a 0. Levou 7 gols e fez 2. Foram 10 jogos sem Kléber no ano, três deles no Brasileirão, todos por suspensão: derrotas para Cruzeiro e Grêmio e o empate contra o Corinthians. Ainda sem o Gladiador, o Coxa perdeu para o Cianorte, na ida das semifinais do Estadual (ele estava suspenso), para o Londrina, no Paranaense, quando ele foi poupado, e outra vez para o Cianorte, na primeira rodada do Estadual, quando um time reserva esteve em campo.

Kléber esteve em campo – e marcando gols – nas principais vitórias do Coxa na temporada: o 3 a 0 sobre o Atlético na final do Estadual, o triunfo sobre o Palmeiras e também os empates contra Botafogo e Vasco, quando marcou três gols.

Valor alto oferecido ao STJD mostra importância

Ciente desta importância, o Coxa ofereceu nada menos que R$ 200 mil como pagamento de multa ao STJD para tentar reverter parte da pena em multa. O STJD queria R$ 230 mil e 7 jogos, um a mais do que o clube propôs que o jogador cumprisse. O desencontro entre as pedidas manteve a suspensão, mas o Coritiba acredita que o procurador Felipe Bevilacqua pode ser convencido em aceitar nova negociação, o que é previsto no CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva) mesmo após o julgamento.

Quem pode substituir o Gladiador?

O técnico Pachequinho tem a indigesta missão de fazer o Coxa começar a vencer sem Kléber. No ataque, Henrique Almeida e Rildo têm começado a se entrosar. Ambos marcaram contra o Avaí. Se mantiver o esquema tático com três atacantes, o substituto de Kléber ficará entre Alecsandro e Neto Berola. O primeiro é mais fixo na área, enquanto que o segundo joga pelos lados e busca jogo fora da área. Porém, essa característica já é muito próxima a dos outros dois titulares citados antes. Filigrana, Getterson e até mesmo o recém-chegado Keirrison podem ser alternativas. Contra o Flu, Berola deve ganhar a chance, muito por conta da boa atuação em Florianópolis.

CORITIBA X FLUMINENSE

Data: 16 de julho de 2017, domingo
Horário: 19h (de Brasília)
Motivo: 14ª rodada do Campeonato Brasileiro
Local: Couto Pereira, em Curitiba (PR)

Árbitro: Leandro Bizzio Marinho (SP/CBF)
Assistentes: Danilo Ricardo Simon Manis e Miguel Cataneo Ribeiro da Costa (SP)

CORITIBA:

Wilson; Rodrigo Ramos, Wallison Maia, Werley e William Matheus; Jonas, Matheus Galdezani e Anderson; Neto Berola (Alecsandro), Rildo e Henrique Almeida.
Técnico: Pachequinho.

Fluminense:

Júlio César; Lucas (Renato), Reginaldo, Nogueira e Mascarenhas; Orejuela, Marlon Freitas e Wendel; Gustavo Scarpa, Richarlison e Henrique Dourado.

Técnico: Abel Braga.