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Atlético-PR "à Europa" tenta vencer a primeira com mais posse de bola

Fabiano Soares tentará, diante da Ponte, a primeira vitória do Atlético "à europeia" - Marco Oliveira/Divulgação
Fabiano Soares tentará, diante da Ponte, a primeira vitória do Atlético "à europeia" Imagem: Marco Oliveira/Divulgação

Napoleão de Almeida

Colaboração para o UOL

21/07/2017 18h48

A debatida reformulação no Atlético Paranaense ainda não deu frutos no Brasileirão. Jogando como o clube imagina refazer seu padrão de jogo, com posse de bola, o time ainda não venceu na competição. Desde a demissão de Eduardo Baptista “por entender a filosofia do clube“, nas palavras do presidente Luiz Sallim Emed, já são cinco jogos sem vitórias.

Paradoxalmente, com Baptista e sem posse de bola foram as vitórias atleticanas na competição. Contra a Ponte Preta, domingo 19h na Arena da Baixada, o novo técnico Fabiano Soares tentará romper isso.

A proposta, já explicada por Soares, Paulo Autuori e o auxiliar Kelly, seja nas entrelinhas ou mesmo em coletivas, é simples: “Procuramos circular a bola, para achar os espaços entre linhas”, explicava Kelly contra o Cruzeiro, na derrota por 0 a 2; “O gol não saiu por que no futebol se precisa de algumas coisas para empurrar para dentro. Temos carências nesse aspecto”, analisou Soares contra o Botafogo, 0 a 0. Dois resultados ruins em casa em que o time atendeu ao “padrão Europa” e teve mais posse de bola que os rivais.

Historicamente o Atlético possuía equipes de ação mais vertical, de transição – o novo silogismo para contra-ataque. Os ataques mortais de 2001, com Kléber e Alex Mineiro, de 2004, com Jadson, Dagoberto (ou Dênis Marques) e Washington ou mesmo com Dellatorre, Marcelo Cirino e Ederson em 2013 tinham como característica a roubada de bola e partida em velocidade para concluir a gol. Foi campeão, vice e terceiro colocado nos anos citados.

Nos quatro jogos que venceu no Brasileirão até aqui, não exerceu essa prática com maestria, mas jogou sem posse de bola e no erro adversário. Foi assim contra os Atléticos Mineiro e Goianiense, fora de casa, onde ofereceu a bola, foi sufocado, mas se aproveitou dos erros; foi assim contra São Paulo e Vitória, em casa, quando não teve o controle do jogo mas foi objetivo com a bola nos pés. Até mesmo no empate com o Corinthians fora de casa, considerado bom, apesar de tentar controlar o jogo, teve menos posse que o adversário.

Confira os números de posse de bola em alguns momentos do Atlético no Brasileirão:

Nas vitórias:

47% vs Vitória, 13 x 12 finalizações – 4 a 1, na Arena
38% vs Atlético-GO, 9 x 23 finalizações – 1 a 0, em Goiânia
36% vs Atlético-MG, 6 x 27 finalizações – 1 a 0, em Belo Horizonte
34% vs São Paulo, 13 x 27 finalizações – 1 a 0, na Arena

Nos empates:

62% vs Botafogo, 14 x 8 finalizações - 0 a 0, na Arena
45% vs Corinthians, 13 x 18 finalizações – 2 a 2, em São Paulo

Nas derrotas em casa:

61% vs Cruzeiro, 14 x 16 finalizações – 0 a 2
58% vs Grêmio, 19 x 5 finalizações - 0 a 2
53% vs Santos, 13 x 10 finalizações – 0 a 2

ATLÉTICO-PR X PONTE PRETA

Data/hora: 23/07/2017, às 19h (de Brasília)
Local: Arena da Baixada, em Curitiba (PR)
Árbitro: Pablo dos Santos Alves (PB)
Auxiliares: Oberto da Silva Santos e Kildenn Tadeu Morais (PB)

Atlético-PR
Weverton; Cascardo, Paulo André, Thiago Heleno e Sidcley; Deivid, Eduardo Henrique (Matheus Rossetto) e Guilherme; Nikão, Douglas Coutinho (Ribamar) e Pablo.
Técnico: Fabiano Soares.

Ponte Preta
Aranha, Jeferson, Marllon, Rodrigo e Danilo Barcelos; Naldo, Elton e Léo Artur; Claudinho, Maranhão e Lucca.
Técnico: Gilson Kleina.