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Carille admite 2º tempo ruim do Corinthians, mas diz que não foi pior jogo

Diego Salgado

Do UOL, em São Paulo

30/07/2017 18h33

O técnico do Corinthians, Fabio Carille, admitiu que o desempenho de sua equipe foi aquém do esperado neste domingo (30), em Itaquera, no empate por 1 a 1 com o Flamengo.

Sobretudo no segundo tempo, o comandante reconheceu que o time alvinegro teve dificuldade para reter a bola e ofereceu muito espaço para o rival. Ele só não aceitou a ideia de que essa foi a pior apresentação do líder no Campeonato Brasileiro de 2017.

“O [jogo] contra o Cruzeiro foi pior. Pode buscar as imagens. Eles jogaram o tempo todo dentro da nossa área. Foi bem pior”, avaliou Carille. “A gente ficou devendo no segundo tempo de hoje [domingo] e não fica feliz pelo desempenho, mas contra o Cruzeiro tinha sido bem pior”, completou.

Com o empate, o Corinthians chegou a 41 pontos e manteve a distância para o Flamengo. Líder do Campeonato Brasileiro, o time alvinegro ainda não foi derrotado no certame e não perde um jogo sequer desde 19 de março – foram apenas dois placares adversos na temporada.

“A gente fica feliz por essa marca, mas não pelo desempenho. Poderia ter sido melhor”, ponderou o treinador do Corinthians. “A gente passou a dar muito a bola para o Flamengo, que tem muita qualidade. A gente deixou de ficar com a bola nos cantos e começou a transferir muito. O Flamengo tem jogadores de muita qualidade. Faltou reter, fazer triangulações, aproximar”, adicionou.

Corinthians e Flamengo fecharam o jogo deste domingo com o mesmo número de finalizações no alvo (duas cada um). No entanto, o time carioca empilhou 15 chutes a gol – a maioria no segundo tempo –, enquanto os paulistas tiveram apenas sete.

“A gente já fez jogos em que conseguiu o resultado e não foi tão bem, como o aquele jogo contra o Cruzeiro. O segundo tempo naquele dia não foi legal, e hoje [domingo] também não”, insistiu Carille.

Uma das explicações para a queda do Corinthians no segundo tempo é justamente a troca de peças. Clayson, substituto de Romero no lado esquerdo do ataque, pediu para ser substituído porque cansou; Marquinhos Gabriel, que vinha atuando na outra extremidade, sentiu um desconforto e também deixou o campo.

“Os jogadores que entraram não mantiveram o mesmo ritmo. Nosso desempenho não continuou sendo como o do início”, reconheceu Carille.

O principal exemplo da avaliação negativa do treinador é o meia Giovanni Augusto, que entrou no lugar de Marquinhos Gabriel. O camisa 17 errou praticamente tudo que tentou no lado direito do ataque e foi até vaiado por parte dos torcedores presentes em Itaquera.

“Sobre o Giovanni, nós sabemos o potencial desse atleta. Contra o Fluminense foi bem, mas hoje [domingo] não, como o Marquinhos não tinha ido bem na quarta. A gente tem de entender que isso faz parte”, minimizou o treinador do Corinthians.