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Jô diz que não irá celebrar se marcar contra Atlético: "Respeito à torcida"

Jô marcou dez gols no Campeonato Brasileiro depois de 17 rodadas - Ale Cabral/AGIF
Jô marcou dez gols no Campeonato Brasileiro depois de 17 rodadas Imagem: Ale Cabral/AGIF

Diego Salgado

Do UOL, em São Paulo

01/08/2017 17h06

Artilheiro do Campeonato Brasileiro, o atacante corintiano Jô disse que não irá comemorar caso marque um gol contra o Atlético-MG no Mineirão nesta quarta-feira. O atleta relembrou da passagem vitoriosa pelo clube e falou em respeito à torcida. Além disso, garantiu que irá celebrar se for às redes diante do ex-time na Arena Corinthians, já no returno da competição.

"Existem duas situações no meu modo de pensar. Joguei lá por três anos e vou jogar em Belo Horizonte. Se fizer um gol, não vou comemorar por respeito à torcida. Se fosse na Arena Corinthians, iria comemorar por respeito à torcida do Corinthians, estarei diante da minha torcida. Se fizer no returno, vou festejar", disse Jô.

"Se fizer gol amanhã, realmente não vou comemorar pelo fato de ter uma gratidão diante de uma torcida que durante três anos colocou comida no meu prato e me deu apoio. E ao mesmo tempo estarei ajudando munha equipe, farei minha parte ajudando o Corinthians. Tenho respeito pela torcida do Atlético, mas hoje sou Corinthians", completou.

O camisa 7 do Corinthians afirmou ainda que, por exemplo, celebraria normalmente um gol marcado diante do Inter em Porto Alegre. Além disso, garantiu que comemorará normalmente uma vitória no Mineirão nesta quarta, pois são "três pontos".

"Cada um tem um pensamento. Eu no Inter não tive uma passagem brilhante. Não que não respeite o clube. Mas não fiz história no clube. Se fizesse no Beira-Rio, comemoraria. No Atlético-MG realizei sonhos e tenho de ter um respeito com os torcedores. Acho que a torcida do Corinthians vai entender isso. Não é por causa de uma comemoração que vou estragar tudo", explicou.

O Corinthians é líder do Brasileirão com 41 pontos, oito a mais que o Grêmio, segundo colocado na tabela. O Atlético-MG ocupa a décima posição, com 23 pontos somados.

Confira mais trechos da entrevista de Jô:

GIOVANNI AUGUSTO
"A gente tem que sempre ajudar, não podemos fazer vista grossa numa situação dessa. É difícil mudar a cabeça de torcedor. A gente fala para ele que sempre tende a melhorar. Eu errei o pênalti contra o Santo André, fui vaiado e o que eu fiz? Trabalhei. E os gols saíram. O futebol é dinâmico. A situação dele é incômoda, mas nada que não possa mudar."

EVOLUÇÃO TÉCNICA
"Estou com a mesma cabeça de quando cheguei. São cenários diferentes, antes era de desconfiança. Mas a minha cabeça é a mesma, sabia onde podia chegar, era só trabalhar. É humildade, saber meus objetivos, assim que lido hoje com aquele cenário. Dei a volta por cima de uma situação que muitos achavam que era difícil. Mas sigo trabalhando para mostrar meu futebol e seguir mostrando mais."

SELEÇÃO BRASILEIRA
"Não são dois jogos [a convocação ocorrerá doa 10 de agosto] que vão fazer eu ir para seleção ou não, tenho feito um trabalho bom desde o começo do ano. Vai da análise do Tite saber se mereço ou não, pode ser que venha nessa, na outra, na última até a Copa, mas mantenho a esperança para voltar para a seleção, é um objetivo, um dos meus sonhos."

RETORNO AO MINEIRÃO
"Não quero lembrar do 7 a 1, quero lembrar do gol da final da Libertadores, lembrar de coisa boa, o 7 a 1 foi triste. Aconteceu, ficou no passado."

CASO FELIPE MELO
"Nunca passei por essa experiência, mas o treinador é autoridade máxima. Tem que ser respeitado, não quero me meter na confusão lá do Palmeiras, mas uma boa conversa sempre resolve. Se fosse comigo, ia tentar isso."

EXPERIÊNCIA
"Vivi muito o outro lado, de ser o mais novo, sempre respeitei as pessoas mais velhas, as hierarquias. Hoje é legal de ver o respeito que eles têm por mim, pelo Cássio, pelo Balbuena, apesar de ser novo. Foi com o tempo, mas hoje me vejo como um líder."