Conheça Esteban Pavez, o homem que estancou a sangria no Atlético-PR
As cobranças eram grandes. O Atlético Paranaense esteve a pique de entrar na Zona de Rebaixamento (chegou a figurar nela durante uma rodada, antes do final da mesma) e levava gols em profusão: foram 9 em 5 jogos com o novo técnico Fabiano Soares. “Temos que cortar essa sangria de gols e ser mais fortes defensivamente”, pedia o novo técnico. Até que chegou o chileno Esteban Pavez.
Aos 27 anos, o jogador já defendeu a seleção chilena e estava no Colo-Colo, dono ainda de 60% dos direitos dele. Foram US$ 700 mil (pouco mais de 2,5 milhões de reais) investidos no jogador que, ao deixar Santiago, viu uma cobertura intensa da imprensa local, o que deixou os atleticanos em alta expectativa: afinal, um jogador que mobiliza tanta atenção da mídia teria algo especial? Pavez não decepcionou.
“Estou muito contente, quando me deram a oportunidade (de ir para o Atlético) não pensei duas vezes. Estou feliz no clube, os companheiros me receberam muito bem”, contou o volante em conversa com o UOL Esporte. Nesta semana mais uma boa notícia para ele, que recebeu a esposa e o filho em Curitiba para ficarem até o final do contrato, no ainda distante 2020.
Em três partidas, índices quase perfeitos: 8 roubadas de bola e apenas uma falta cometida. Nenhum cartão. Mais: 93% de aproveitamento de passes. Otávio, uma das referências do time, foi vendido por quase R$ 30 milhões para o Bordeaux da França no meio do caminho. Quase não se comenta. “A principal diferença dele para o Otávio é a tomada rápida de decisão na hora do passe, que é fundamental para esse camisa 5 ali”, analisou o comentarista Guilherme de Paula, da Rádio Transamérica de Curitiba, “O Pavez não perde a bola, não dá passe errado. Ele agiliza a circulação da bola e acaba desorganizando o adversário”, concluiu.
Na cabeça de Pavez, um sonho: voltar à seleção do Chile. “Foi uma das coisas pelas quais decidir pelo futebol brasileiro. Tinha uma proposta de ir para o Oriente Médio, mas decidi vir para o Brasil por ser uma liga muito mais competitiva”, contou, comparando o Brasileirão também com o Campeonato Chileno, do qual foi campeão três vezes pelo Colo-Colo: “é um torneio muito competitivo, qualquer um pode vencer qualquer time”.
Ainda se adaptando a Curitiba – “uma cidade muito bonita e tranquila” – Pavez teve uma ótima primeira impressão sobre o novo clube. “A torcida é muito parecida com a do Colo-Colo, muito exigente, e eu gosto disso. A infraestrutura que o clube tem é de primeiro nível, tem tudo que alguém possa imaginar”, comentou o volante, que ajudou o Atlético a sair um pouco da pressão no Brasileirão e foi desfalque sentido na eliminação na Libertadores, contra o Santos.
Fora de campo, Pavez se envolveu em uma confusão recentemente, em junho, quando bateu o carro em um taxi e fugiu da polícia, que atirou contra os pneus do carro dele. Ele dirigiu embriagado e pediu desculpas à torcida em entrevista coletiva. À época, já dizia, “Não sei se estarei aqui, não tenho mais cabeça para seguir em La Serena”, o centro de treinamentos do time chileno. Ele já negociava com o Atlético e também tinha uma proposta do Gimnasia La Plata, da Argentina.
Contra o Bahia, irá encarar o adversário que mais vazou a defesa atleticana, com um 6 a 2 logo na estreia do Nacional. A partir dali, o Atlético viveu sua primeira reformulação na temporada, com Paulo Autuori saindo do cargo de técnico para o de gerente. De lá para cá, outras mudanças até que Pavez chegasse para estancar a sangria.
ATLÉTICO PARANAENSE X BAHIA
Data: 13 de agosto de 2017, domingo
Horário: 19h (de Brasília)
Motivo: 20ª rodada do Campeonato Brasileiro
Local: Arena da Baixada, em Curitiba (PR)
Árbitro: Sandro Meira Ricci (SC)
Auxiliares: Emerson Augusto de Carvalho (SP) e Marcelo Carvalho Van Gasse (SP)
ATLÉTICO-PR:
Weverton; Jonathan, Wanderson, Thiago Heleno e Sidcley (Fabrício); Esteban Pavez, Eduardo Henrique (Matheus Rossetto) e Guilherme; Nikão, Lucas Fernandes e Ribamar.
Técnico: Fabiano Soares.
BAHIA:
Jean; Eduardo, Eder, Tiago e Matheus Reis; Edson, Renê Junior e Régis; Zé Rafael, Mendoza e Rodrigão.
Técnico: Preto Casagrande.
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