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Após período de "preservação", Egídio enfrenta resistência por nova chance

Perseguido pela torcida, Egídio (dir) tem contrato com o Palmeiras até o fim do ano - Cesar Greco/Ag. Palmeiras
Perseguido pela torcida, Egídio (dir) tem contrato com o Palmeiras até o fim do ano Imagem: Cesar Greco/Ag. Palmeiras

Danilo Lavieri e José Edgar de Matos

Do UOL, em São Paulo (SP)

02/09/2017 04h00

Egídio está de volta. Pelo menos como opção para Cuca no time do Palmeiras. O lateral esquerdo, perseguido pela torcida especialmente após ao pênalti perdido na eliminação da Copa Libertadores, foi preservado pelo treinador nas últimas semanas e só agora volta a trabalhar por um lugar entre os 11, mesmo com resistência dentro do clube e de torcedores.

Cuca defendeu publicamente Egídio em mais de uma oportunidade. A pressão dos torcedores nos últimos jogos em que o camisa 6 atuou no Allianz Parque, principalmente nos compromissos anteriores à eliminação na Copa Libertadores, obrigaram o treinador a preservá-lo.

Após perder o pênalti responsável por decretar a queda palmeirense no torneio sul-americano, a situação de Egídio com o torcedor se tornou praticamente insustentável. O treinador retirou o camisa 6 dos três jogos seguintes – o lateral sequer foi relacionado.

O período de um mês pode acabar no dia 9, data da partida contra o Atlético Mineiro, pelo Campeonato Brasileiro. Egídio trabalhou com alternativa ao titular Michel Bastos no jogo-treino da última sexta-feira e conta com a confiança da comissão técnica, crente que irá recuperar o atleta até o fim do ano.

Egídio também corre contra o tempo dentro da Academia de Futebol. O contrato do camisa 6 se encerra no fim do ano, e o nome do jogador sofre resistência em diversas frentes, especialmente conselheiros e torcedores.

A própria diretoria tem a ciência de que a renovação de Egídio seria uma medida considerada impopular. Membros da cúpula alviverde veem a continuidade do atleta como “improvável”, apesar do desejo público do próprio técnico Cuca, agora defensor do lateral.

“Eu, presidente [Mauricio Galiotte] e o Alexandre [Mattos, diretor de futebol] reunimos, falamos do Fernando, do Egídio, e falamos: ‘Vamos renovar? Vamos renovar’. Estão sendo discutidos valores entre jogador e diretoria”, declarou Cuca dois dias após a queda na Libertadores.

Apesar da confiança de Cuca, a renovação de Egídio não avançou desde então. Preservado pela comissão técnica, o lateral tem agora a chance de responder aos questionamentos e buscar um novo contrato com o Palmeiras; basta agradar como alternativa a Michel Bastos e recuperar o espaço dentro do elenco.

No jogo-treino, Egídio se destacou. Participou ativamente das jogadas ofensivas do Palmeiras e ainda anotou o gol do empate por 1 a 1 com o Red Bull. O nível demonstrado resultou em elogios do titular Bruno Henrique, que publicamente tratou de defender o companheiro na última sexta.

“Egídio está bem com todos, tem a confiança de todos. É sadia a briga pela posição. Você sabe que pode ser substituído se não for bem, isso é o natural do futebol. Todos os jogadores estão bem e preparados, isso é uma coisa normal”, afirmou Bruno Henrique.