Micale explica trocas, promete treinar ponto fraco e sai em defesa de Fred
Pênalti a favor e dois jogadores a mais. Mesmo com o cenário favorável para uma vitória dentro do Independência, o Atlético-MG tropeçou mais uma vez e só ficou no empate por 1 a 1 contra o Palmeiras, nesta tarde de sábado pelo Brasileirão. Em sua entrevista coletiva após a partida, o técnico Rogério Micale bateu na tecla sobre manter a calma em um momento de crescente do time mineiro. O comandante ainda saiu em defesa de Fred, que errou seu segundo pênalti na competição e alcançou sete jogos sem marcar, e prometeu muito trabalho para conseguir aproveitar melhor as chances e não deixar dois pontos como esses escaparem m futuras ocasiões.
"Jogamos muito bem quando estava onze contra onze, pressionando, recuperando a bola em linha alta. O que posso dizer é que confio no elenco, nos jogadores, e vou treinar ainda mais situações como essa, que eu não tinha passado ainda. Já ganhei e perdi jogos com jogadores a menos, a equipe quer fazer o gol de qualquer forma. É algo que vamos trabalhar, vamos organizar isso. Mas tenho que exaltar que a equipe teve domínio e se comportou muito bem nos onze contra onze. Temos que valorizar esse ponto, nos deixa triste, poderiam ser três, mas seguimos firmes em busca do nosso objetivo", comentou o treinador.
Apesar do bom começo de jogo, a história do Atlético começou a mudar a partir dos 26 minutos. Fred teve a oportunidade de abrir o marcador, mas desperdiçou a cobrança de pênalti. Pouco depois, Deyverson anotou para os palmeirenses. Questionado sobre o assunto, Micale reiterou sua confiança no atacante alvinegro e tirou a culpa de Fred pelo tropeço.
"O Fred é batedor de pênalti durante toda a carreira, sempre fez gols. Está vivendo esse momento, mas tem histórico de artilheiro. Sabe da responsabilidade de vestir a camisa. Quando for solicitado, ele vai bater o pênalti. Não foi feliz, mas vamos rever, conversar. Não vou trazer um peso maior que o que ele já está se cobrando dentro do vestiário", disse Micale.
Ainda no primeiro tempo, Fábio Santos empatou de pênalti em um lance que gerou a expulsão do zagueiro Luan. Na etapa final, Victor pegou uma penalidade e o Atlético ainda ficou com dois jogadores a mais (Willian foi expulso), mas a pressão não passou de um abafa e a virada não aconteceu. Antes do segundo vermelho mostrado ao Palmeiras, Micale promoveu as entradas de Robinho, Yago e Otero na equipe, sacando Adilson, Cazares e Luan. Vaiado por parte da torcida, o treinador explicou que pretendia abrir as linhas do Palmeiras, mas a estratégia não surtiu efeito e o Atlético continuou levantando bolas na área com frequência.
"Pedi para o time dar amplitude e tentar esticar as linhas do Palmeiras. Tivemos dificuldades nisso, a equipe do Palmeiras congestionou muito a área. Minha ideia tirando o Adilson (entrou Robinho) era colocar mais um meia para receber essa bola e infiltrar ou bater para o gol. Mas focamos muito pelas laterais do campo. O Palmeiras ainda estava conseguindo algumas escapadas pelo campo. Vi que eles conseguiram ficar com as segundas bolas e remontei o time (Yago entrou no lugar de Cazares). Depois veio a segunda expulsão e eu já tinha feito as trocas", disse.
"Quando digo que fui infeliz é porque não ganhou o jogo. Se alguma bola entra, as substituições seriam boas. Vivemos nesse fio da navalha. Entendemos o lado do torcedor, estamos ali para tomar decisões. Infelizmente não conseguimos", finalizou.
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