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Aproveitamento não sobe e Atlético precisa de campanha de campeão por G-6

Com dois empates seguidos, Atlético viu distância para o G-6 subir de dois para seis pontos - Guilherme Hahn/AGIF
Com dois empates seguidos, Atlético viu distância para o G-6 subir de dois para seis pontos Imagem: Guilherme Hahn/AGIF

Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

21/09/2017 11h00

Em julho o Atlético-MG demitiu o técnico Roger Machado após a derrota por 2 a 0, para o Bahia, no Independência, pelo Campeonato Brasileiro. O treinador deixou o time na 11ª colocação, com 20 pontos conquistados e 44% de aproveitamento em 15 rodadas. O baixo rendimento como mandante no Brasileiro foi determinante para a queda do treinador, já que naquele momento o time ainda estava vivo nas Copas do Brasil e Libertadores.

Passadas nove rodadas desde a queda de Roger Machado o time alvinegro segue estagnado, quando se avalia o aproveitamento no Brasileiro. Com três vitórias, dois empates e quatro derrotas o Galo conquistou apenas 40% dos pontos que disputou. Desempenho que sobe um pouco considerando apenas as partidas sob o comando de Rogério Micale. Foram 11 pontos conquistados em oito jogos, o que dá um aproveitamento de 45%.

Com a meta de ir para a Copa Libertadores, na verdade uma obrigação imposta pelo presidente Daniel Nepomuceno, o time alvinegro precisa ter um desempenho de campeão brasileiro para terminar a competição dentro do G-6, sem depender de tropeços dos adversários ou títulos dos concorrentes, que podem fazer o G-6 até virar G-9.

Pegando o histórico do Brasileirão disputado por pontos corridos e com 20 pontos, a marca de 61 pontos é bem segura para conseguir ao menos a sexta posição. Apenas em 2014 que o sétimo colocado somou 61 pontos, que foi o Grêmio. Tanto que o Departamento de Matemática de Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) mostra que com 61 pontos o clube tem 99,8% de chances de disputar a próxima Libertadores.

Com 31 pontos conquistados e mais 42 por disputar, o Atlético precisa ter aproveitamento de 71% nas 14 rodadas que restam para garantir vaga na próxima Libertadores sem depender de tropeços dos concorrentes ou combinação dos resultados finais de outros torneios. Desempenho de time campeão. Aliás, ser vencer o segundo turno do Brasileirão é uma das metas do Galo para conseguir terminar a competição na zona de classificação à Libertadores.

“Nossa meta é alcançar o G6, mas queremos ser campeões do returno. Estamos invictos há cinco jogos. Esperamos essa oportunidade e se conseguirmos a meta, vamos chegar ao G-6”, comentou o volante Roger Bernardo, que pode ser titular do Atlético diante do Vitória, já que Elias está suspenso.

Busca por uma sequência de vitórias

O jogo entre Atlético e Palmeiras abriu a 23ª rodada do Campeonato Brasileiro. Em caso de triunfo e uma combinação de resultados, o time mineiro poderia terminar uma rodada pela primeira vez nesta edição dentro do G-6. Com dois empates consecutivos, dois 1 a 1, contra Palmeiras e Avaí, o Galo viu a distância para o G-6 subir de dois para seis pontos.

Para alcançar os times que estão na zona de classificação à próxima Libertadores, o Atlético precisa fazer algo que ainda não conseguiu neste Brasileirão: ter uma sequência de três ou mais vitórias. Até o momento, apenas uma vez o time alvinegro conseguiu vencer por duas vezes seguidas, foi quando bateu a Chapecoense (1 a 0) e Cruzeiro (3 a 1), nas rodadas 10 e 11, respectivamente.

“A gente está atento à tabela, ganhamos uma posição, mas aumentou a diferença em relação ao G6. O empate fora é bom desde que você vença em casa, o que não temos conseguido. Precisamos de uma sequência para ganhar motivação e trabalhar em cima. Com duas ou três vitórias, conseguiremos atingir o G-6”, analisou o lateral esquerdo Fábio Santos.

Reagir em casa e manter desempenho como visitante

Algo importante para o Atlético conseguir arrancar neste Campeonato Brasileiro é vencer dentro de casa. O que tem sido bastante difícil para o time mineiro. São apenas três vitórias em 12 rodadas como mandante, com incríveis seis derrotas. O pífio desempenho em BH, 33% dos pontos conquistados, é compensado pela boa campanha como visitante.

Se em casa o Galo sofre para vencer, longe de Belo Horizonte o time vai muito bem. É do Atlético a terceira melhor campanha como visitante, atrás apenas dos líderes Corinthians e Grêmio. Foram 19 pontos conquistados em 12 partidas. Aproveitamento superior a 50%. Manter essa força atuando fora do Independência e fazer valer o caldeirão do Horto é a receita que os jogadores têm para fazer o time subir na classificação.

“Foi um período ruim em casa, onde perdemos três ou quatro jogos, que tem feito falta, contra adversários de meio de tabela. Mas compensamos essa campanha fora. Antigamente, não vencíamos fora. Ainda dá tempo para recuperar em casa. Esses pontos perdidos não voltam mais. Temos que pensar daqui para a frente”, completou o lateral esquerdo Fábio Santos.

Neste domingo o Atlético recebe o Vitória, às 19h, no Independência. Além da equipe baiana, o Galo tem outros seis jogos para disputar como mandante, contra São Paulo, Chapecoense, Botafogo, Atlético-GO, Coritiba e Grêmio.