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Dorival diz que arbitragem impediu vitória do SP e elogia time taticamente

Bruno Grossi e Dassler Marques

Do UOL, em São Paulo

24/09/2017 14h12

Assim como Petros fez após o empate por 1 a 1 entre São Paulo e Corinthians, no Morumbi, na manhã deste domingo (24), o técnico Dorival Júnior também criticou a atuação do árbitro Juiz Wagner do Nascimento Magalhães em entrevista coletiva pós-jogo e disse que ele acabou impedindo que o time tricolor vencesse a equipe alvinegra, atual líder do Brasileiro.

Dorival Júnior evitou falar em incompetência do árbitro, mas alegou que ele mudou o resultado da partida com alguns lances capitais, como um suposto pênalti a favor do São Paulo (em mão de Pablo), um gol tricolor anulado após falta de Lucas Pratto em cima de Cássio e um recuo de Pablo que o goleiro corintiano acabou segurando a bola com a mão.

“Tivemos boas ações, uma penalidade não anotada e um gol claro anulado. Pratto estava de costas para o Cássio e o árbitro foi na condição que o Cássio propôs. Mataríamos o jogo, que estava totalmente controlado contra um time muito forte. Uma pena mais uma vez deixar escapar um resultado, que completaria uma crescente que a equipe vem apresentando”, disse.

“Não é incompetência, mas nos tirou a possibilidade do resultado. O jogo acabaria como estava. Foi um erro capital. Teve um pisão do Maycon e um do Lucas [Fernandes]. O do Lucas foi punido e ninguém viu o outro, impressionante. Depois uma bola atrasada sem dar nada. Depois, pênalti. Braço aberto na área e toca no braço. Ignorado novamente”, acrescentou.

Por outro lado, Dorival Júnior ficou bastante satisfeito com o desempenho da equipe são-paulino. Mas voltou a lamentar a atuação da arbitragem.

“Jogar contra o líder e o imponderável fica complicado. Taticamente foi a melhor partida do São Paulo comigo. Como já havia sido com Vitória e Ponte Preta, que foi alterada com a expulsão do Jucilei na ocasião. Já estamos sofrendo bem menos do que antes”, completou.

Principais trechos da coletiva

Tropeço com casa cheia de novo e arbitragem

Taticamente foi uma partida quase perfeita. O São Paulo se dispôs a uma marcação e o Corinthians teve poucas penetrações. Tivemos boas ações, uma penalidade não anotada e um gol claro anulado. Pratto estava de costas para o Cássio e o árbitro foi na condição que o Cássio propôs. Mataríamos o jogo, que estava totalmente controlado contra um time muito forte. Uma pena mais uma vez deixar escapar um resultado, que completaria uma crescente que a equipe vem apresentando.

Falta em Júnior Tavares?

Ele tentou uma proteção. Se ele colocasse para lateral, poderia sair o gol na cobrança para a área. Depois que acontece é difícil julgar, se era melhor jogar para fora ou não. A distância era grande, ele não foi feliz e Rodriguinho conseguiu sair da proteção. Não fomos felizes depois disso.

Substituições

O São Paulo não alterou o posicionamento. Fortaleci o meio de campo e coloquei velocidade com Denilson, nosso escape para contra-ataque e que o Lucas já estava desgastado. Cueva também se desgastou, o jogo exigiu muito. Faltavam 17 minutos, Jucilei entrou com muita força e fez jogadas que quase resultaram em gol. O time não retraiu. Não foi a intenção e não ocorreu. Mudou característica de jogador, mas o posicionamento foi mantido e ele criou boas situações em arrancadas.

Arbitragem

Não é incompetência, mas nos tirou a possibilidade do resultado. O jogo acabaria como estava. Foi um erro capital. Teve um pisão do Maycon e um do Lucas. O do Lucas foi punido e ninguém viu o outro, impressionante. Depois uma bola atrasada sem dar nada. Depois, pênalti. Braço aberto na área e toca no braço. Ignorado novamente. Jogar contra o líder e o imponderável fica complicado. Taticamente foi a melhor partida do São Paulo comigo. Como já havia sido com Vitória e Ponte Preta, que foi alterada com a expulsão do Jucilei na ocasião. Já estamos sofrendo bem menos do que antes.

Árbitro de vídeo

Mudar as regras no meio da competição eu sou totalmente contrário. As ações já deveriam ter sido tomadas, não no meio da competição. Mas que o futebol precisa de ajudas para quem trabalha e que os lances sejam corrigidos, precisa. Ouço comentários de que o futebol só tem graça porque discutimos no dia seguinte. Faz o seguinte, veste a camisa de um clube e fica na beira do gramado esperando um lance capital ser mal apitado. Isso tem que mudar. Olha a dinâmica do vôlei e como conseguem corrigir rápido. Mas as coisas são muito morosas no futebol.

Estilo ofensivo e gesto obsceno de Gabriel

Não vi nada do Gabriel. Primeiro você tem que acrescentar conceitos a uma equipe. E dentro da competição não é fácil. Essas últimas semanas foram importantes para implementar esse modelo. Sempre gostei de ser agressivo e combater para ter a posse de bola. No segundo, talvez tenhamos dado um pouco de campo ao Corinthians, para ter velocidade e contra-atacar. Me defendo atacando e sempre foi assim. Espero que não mude, independentemente do que esteja acontecendo, da insegurança. Gosto de valorizar muito a marcação no campo de ataque. Isso sempre foi um fator que me ajudou muito e que as equipes usaram como padrão.

"Aula de futebol" de Petros

Temos que entender. Ele disse sobre posicionamento. As infiltrações e trocas que o Corinthians faz com muita frequência não aconteceram. Fomos perfeitos. Na única jogada em que houve triangulação, Arboleda teve posicionamento importante e cortou. No restante, não foi brilhante, mas foi leal para as duas equipes, buscando o jogo e com as marcações prevalecendo. Poderíamos ter tido sorte melhor. Fizemos o segundo gol, não seria 2 x 1. Seria 2 a 0 com o time estabilizado.